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Ex-primeira-dama resiste, mas recebe intimação
da Reportagem Local
Nicéa Pitta resistiu a receber ontem uma intimação do delegado
Itagiba Antonio Vieira Franco do
Diprocom (Divisão de Proteção
Comunitária).
Vieira Franco pretende ouvir a
ex-primeira-dama sobre seu suposto envolvimento com os funcionários fantasmas da Anhembi.
Dois investigadores tentavam
entregar a intimação para a ex-primeira-dama durante o dia de
ontem. A entrada deles no prédio
não foi permitida inicialmente.
Eles tentaram entregar a intimação por meio de um dos policiais que fazem a segurança de Nicéa Pitta, mas não foi possível. Nicéa devolveu a intimação sem assinar.
No final da tarde, depois que todos jornalistas já estavam em seu
prédio, ela autorizou a entrada de
um dos investigadores, que pegou
a assinatura de Nicéa sob luzes e
flashes de câmeras. Ela disse que
não os recebeu antes, pois estava
fazendo fisioterapia.
A ex-primeira-dama não permitiu que jornalistas da Folha, do
"Agora São Paulo", de "O Estado
de S. Paulo" e do "Jornal do Tarde" entrassem em seu apartamento para a entrevista, atualmente diária, que concede por
volta das 16h.
O delegado Vieira Franco afirmou que seus investigadores não
sairiam do prédio até que a intimação fosse recebida. "Isto não é
cabeleireiro em que ela pode escolher a hora", disse.
Além dos investigadores do Diprocom, um delegado da 1ª seccional levou uma intimação para
que cinco funcionários do prédio
onde mora Nicéa compareçam
para depor.
O delegado Jorge Carrasco está
investigando as supostas negociações de compra e venda de votos
para evitar o impeachment de Pitta na Câmara Municipal.
Sem depor
O delegado João Batista Araújo,
do 14º DP de São Paulo, também
aguardou ontem Nicéa Pitta, mas
ela não compareceu para prestar
depoimento no inquérito aberto a
pedido do secretário municipal
de Transportes, Getúlio Hanashiro. É a segunda vez que Nicéa não
comparece para depor.
Na primeira vez em que faltou,
Nicéa estava prestando depoimento ao Ministério Público e
não pôde comparecer.
Ontem, sua advogada Andréa
Micheline foi à delegacia e afirmou que, por ter assumido o cargo na terça-feira, precisava de
tempo para estudar o caso. Nicéa
deve depor na sexta-feira.
Ela está sendo processada sob
acusação de injúria, calúnia e difamação, conforme a Lei de Imprensa.
A ex-primeira-dama acusou o
secretário dos Transportes de cobrar propina dos vereadores para
que fosse autorizada a colocação
de pedágios nas marginais.
Nicéa Pitta disse que entregou
ao Ministério Público uma cópia
do "Diário Oficial" que comprovaria um suposto superfaturamento nos aluguéis pagos pela Secretaria de Assistência Social a algumas creches municipais.
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