DA SUCURSAL DO RIO

O ex-governador Anthony Garotinho encerrou seu mandato no governo do Rio com um gesto de impacto publicitário, mas pouco efeito prático imediato. Ele autorizou o livre acesso do Ministério Público Estadual à sua conta e à de sua mulher, Rosinha.
Garotinho foi elogiado pelo procurador-geral de Justiça do Estado, José Muiños Piñeiro Filho, ao entregar-lhe o documento, que também autoriza o acesso às declarações de renda dele e da mulher, no período entre 1º de janeiro de 99 a 5 de abril de 2002.
O procurador disse que todas as autoridades deveriam agir da mesma forma, mas afirmou que o documento é desnecessário, pois Garotinho não está sofrendo nenhum processo de investigação.
Ele manifestou descrença na possibilidade de vir a fazer uso da autorização. ""Não sei se será necessário. Não acredito que o seja."
Garotinho entregou ontem ao presidente da Assembléia Legislativa um relatório feito pela empresa de consultoria internacional Ernst & Young, contratada por R$ 650 mil pela Segab (Secretaria Executiva do Gabinete do Governador). Ele havia anunciado, na semana passada, que a empresa de consultoria estava fazendo uma auditoria nas contas do Estado, mas se corrigiu esta semana, dizendo que se trata, tecnicamente, de um relatório do desempenho social, econômico e financeiro do seu governo.
"Esse relatório de avaliação de empenho é, na verdade, uma auditoria, mas não podemos usar esse nome porque, pela lei, só o TCE (Tribunal de Contas do Estado) tem competência de fazer uma auditoria nas contas do Estado", disse Garotinho.



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