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DÍVIDA PÚBLICA
Governo de Sergipe teve maior subsídio proporcional
Subsídio do governo federal a
24 Estados deve atingir R$ 8 bi
VIVALDO DE SOUSA
da Sucursal de Brasília
O subsídio do governo federal
aos 20 Estados que já assinaram
contratos de renegociação de dívidas e aos quatro que ainda vão assinar ficará próximo de R$ 8 bilhões, considerando-se a data de
assinatura do contrato.
A estimativa é do secretário do
Tesouro Nacional, Eduardo Guimarães. Nos 20 contratos já assinados, o subsídio chegou a R$ 6,21
bilhões. Nos próximos 30 anos,
prazo da maioria dos contratos, o
subsídio deve aumentar.
O subsídio corresponde à diferença entre a taxa que os Estados
estavam pagando na rolagem da
dívida e aquela cobrada pelo governo federal -juros de 6% ao
ano mais correção pelo IGP-DI da
Fundação Getúlio Vargas.
No caso de São Paulo, que teve
subsídio inicial de R$ 3,803 bilhões, o valor atual já é estimado
em aproximadamente R$ 5 bilhões. Em relação à divida refinanciada de R$ 46,58 bilhões, o subsídio inicial corresponde a 8,16%.
Maior subsídio
Em termos proporcionais, porém, o maior subsídio inicial foi
concedido para o governo de Sergipe. O subsídio de R$ 75,129 milhões corresponde a 23,93% da dívida de R$ 313,936 milhões renegociada por 30 anos.
Neste ano, os atuais governadores têm dinheiro em caixa -obtido com a venda de estatais- e o
governo não tem mais como impedi-los de gastar em obras. "O
ano de 1997 será ruim do ponto de
vista das estatísticas fiscais", afirmou Guimarães.
A renegociação das dívidas dos
Estados também inclui a reestruturação dos bancos estaduais, que
pode ser feita por meio de privatização, liquidação, saneamento ou
transformação em agência de fomento.
Oito Estados optaram por privatizar seus bancos: Rondônia, Maranhão, Paraná, Bahia, Ceará,
Pernambuco, Minas Gerais e São
Paulo. A expectativa do governo é
que esses bancos sejam vendidos
até dezembro de 1999.
Guimarães disse que a reestruturação dos bancos estaduais deverá
custar cerca de R$ 20 bilhões. Esse
valor é praticamente igual aos R$
21 bilhões que já foram gastos no
Proer (programa de ajuda financeira aos bancos privados).
Mas não estão incluídos nos cálculos de Guimarães a reestruturação do dois bancos de São Paulo:
Banespa e Nossa Caixa Nosso Banco. As duas instituições não entram no cálculo porque não receberam recursos do programa de
reestruturação dos bancos estaduais. No caso de São Paulo, o refinanciamento da dívida permitiu
ao Estado pagar suas dívidas com
a Nossa Caixa (R$ 5,735 bilhões) e
Banespa (R$ 24,395 bilhões).
Embora alguns Estados tenham
decidido manter suas instituições
financeiras, o governo avalia que o
resultado da reestruturação foi
bom. De 33 instituições que existiam antes -incluindo bancos de
desenvolvimento e caixas econômicas estaduais-, vão sobrar
apenas 11 bancos comerciais.
Além do Distrito Federal, os seguintes Estados decidiram manter
instituições comerciais: Santa Catarina, Espírito Santo, Rio Grande
do Sul, Sergipe, Pará, São Paulo,
Piauí, Goiás, Paraíba e Amazonas.
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