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FHC espera que Paulo Renato peça demissão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso não deverá tomar a
iniciativa de demitir o ministro da
Educação, Paulo Renato Souza,
mas gostaria que ele pedisse para
sair do governo.
Um auxiliar de FHC diz que, em
condições normais, Paulo Renato
seria demitido ou fritado mais explicitamente. Como é ano eleitoral e ele confirmou uma denúncia,
pegaria mal bombardeá-lo diretamente. O desejo do presidente e
da cúpula tucana é que ele peça
demissão.
Se Paulo Renato quiser continuar, ficará desprestigiado. FHC
acredita que ele, ao confirmar que
teria havido o suposto pedido de
propina na privatização da Vale
do Rio Doce, deu um tiro no governo e no pré-candidato do
PSDB à Presidência, o senador
paulista José Serra.
O ministro da Educação tentou
ser candidato a presidente, mas
perdeu a indicação para Serra.
Depois, como compensação, buscou uma candidatura ao Senado
por São Paulo, mas não teve respaldo do PSDB. Desde então, tem
demonstrado mágoa em relação a
Serrar e aos tucanos em conversas
reservadas.
Anteontem, o presidente do
PSDB, José Aníbal, disse que o
ministro da Educação fora leviano porque não perguntou em nome de quais tucanos Ricardo Sérgio teria pedido propina a Benjamin Steinbruch para ajudá-lo a
formar o consórcio que comprou
a Vale, privatizada em 1997. "Se
não perguntou, perdeu uma boa
oportunidade para não ficar calado", declarou Aníbal.
Ontem, Paulo Renato reagiu ao
ataque de Aníbal (SP). Ao site da
Globonews, o ministro declarou
que não reconhece autoridade em
Aníbal para criticá-lo ou fazer comentários a seu respeito. "Eu não
fiz nada de errado. Escutei uma
história e confirmei que escutei.
Queriam que eu mentisse?", disse
Paulo Renato.
Colaborou a Reportagem Local
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