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Políticos elogiam atuação na retomada da democracia no país
DA REPORTAGEM LOCAL
Políticos presentes ontem à
missa de sétimo dia pela morte
do publisher da Folha, Octavio
Frias de Oliveira, destacaram o
papel do empresário na retomada da democracia no Brasil,
a partir da metade dos anos 70.
"O sr. Frias é um homem que
ganhou o respeito de todo o
Brasil. Merece ser sempre lembrado com gratidão por nosso
povo pelo seu esforço para ajudar o país a retomar o regime
democrático. Ele trabalhou de
maneira incessante pela liberdade", afirmou o governador
interino de São Paulo e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman (PSDB).
A primeira-dama de São
Paulo, Mônica Serra, foi à missa e representou o governador
do Estado, José Serra (PSDB),
que está em viagem ao exterior.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou para representá-lo Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
"Não estou aqui apenas na condição de ministro, mas principalmente na de jornalista.
Frias nunca confundia a pessoa
física com a pessoa jurídica. E
gostava de ser tratado de igual
para igual", disse o ministro.
O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., disse "admirar o
trabalho de Frias pela grande
obra que foi capaz de construir". O prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab (DEM), declarou que, "nessas horas, as palavras são as mais simples: nossa
gratidão pelo papel no fortalecimento da democracia".
O senador Eduardo Suplicy
(PT-SP) afirmou que "Frias canalizou os sentimentos tão fortes de liberdade e democracia
pelos quais a população clamava no final da ditadura militar".
Segundo ele, "foi sobretudo por
meio da Folha que esse sentimento foi expressado".
Nas palavras do presidente
do PMDB, deputado federal
Michel Temer (SP), Frias "percorreu o caminho da democracia, da liberdade, da ética e da
justiça social". Segundo ele, o
publisher da Folha "ajudou a
valorizar e a implantar esses
conceitos em nosso país por
meio de suas publicações".
O presidente nacional do
PSDB, senador Tasso Jereissati
(CE), disse: "Frias foi um dos
homens mais importantes da
imprensa no Brasil. Transformou a Folha em marco e referência". O secretário de Justiça
e Defesa da Cidadania de São
Paulo, Luiz Antonio Marrey,
declarou: "Após a luta e a dor
pela perda de Octavio Frias, ficam o seu exemplo de vida, a
família que construiu e a sua
obra de construção de um país
democrático e de uma imprensa independente".
Rodrigo César Rebello Pinho, procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo,
disse que Frias foi um "exemplo de jornalista, de empresário e de cidadão que lutou com
vigor pela volta dos valores democráticos".
A ex-prefeita de São Paulo e
hoje deputada federal Luiza
Erundina (PSB-SP) afirmou
que Frias foi "um grande profissional de imprensa e uma
pessoa bastante afetuosa". O
ex-governador e ex-prefeito
Paulo Maluf, agora deputado
federal pelo PP paulista, disse
que, para ele, "Frias não era
apenas um jornalista mas um
grande amigo".
Almino Affonso, ex-ministro
do Trabalho e da Previdência
Social no governo Jango, disse:
"Frias deu contribuição extraordinária por ter sido a Folha o primeiro local no qual
pessoas como eu pudemos escrever no final dos anos 70,
quando voltei do exílio".
Entre outros políticos, também compareceram à missa os
deputados federais do PSDB
paulista Edson Aparecido, José
Aníbal e Paulo Renato Souza, o
presidente da Assembléia
Legislativa de SP, o tucano Vaz
de Lima, os secretários estaduais paulistas Aloysio Nunes
Ferreira (Governo) e José Aristodemo Pinotti (Ensino Superior), o ex-prefeito Miguel Colassuono, os ex-governadores
Luiz Antônio Fleury Filho e José Maria Marin, e o secretário
municipal de Esportes, Lazer e
Recreação da cidade de São
Paulo, Walter Feldman.
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