São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

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Condenação de ex-dirigente é mantida

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Tribunal Regional Federal em São Paulo manteve a condenação de Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente do Banespa, a quatro anos de prisão por crime contra o sistema financeiro.
Rioli, conhecido por sua estreita ligação com os tucanos paulistas, foi sócio do pré-candidato à Presidência José Serra (PSDB) em uma empresa de consultoria financeira, entre 1986 e 1995.
Em 1999, ele foi condenado em primeira instância por ter autorizado um empréstimo do Banespa equivalente a US$ 326,7 mil a uma empresa endividada e à beira da concordata, a CBT (Companhia Brasileira de Tratores).
Rioli recorreu, mas a sentença foi confirmada por unanimidade pelos desembargadores da 2ª Turma do TRF, no último dia 28.
A condenação não é definitiva. Ele pode recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Enquadrado na Lei do Colarinho Branco (lei nº 7.492/86), mas sem antecedentes criminais, Rioli teve sua pena de prisão convertida em quatro anos de prestação de serviços à comunidade e ajuda financeira a entidades com destinação social.
Além de Rioli, outras sete pessoas -entre elas o ex-diretor operacional Mário Carlos Beni- também tiveram suas penas confirmadas pelo TRF.
A advogada de Rioli, Paola Zanelato, disse que irá recorrer da decisão do TRF.
"A sentença ainda é muito recente. Vamos estudar e apresentar o recurso no momento certo", afirmou Zanelato.
A defesa pode entrar com recursos ao mesmo tempo no STJ e no STF. Rioli foi procurado em sua casa e em seu local de trabalho, onde uma pessoa informou que ele havia viajado.



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