São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2006

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Quércia diz que PMDB vai disputar SP e sinaliza que será o candidato

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador Orestes Quércia disse ontem à noite, no programa do PMDB em São Paulo, que o partido terá candidato próprio na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Antes da exibição do programa, à Executiva estadual da legenda, acenou com a possibilidade de ele mesmo concorrer.
Numa reunião na sede do partido, Quércia se disse animado com a hipótese. Informou, no entanto, que a decisão dependerá de pesquisas encomendadas para avaliar o potencial de crescimento dele.
Quércia também disse que tem até o dia 24, data da convenção, para tomar sua decisão. Por isso, discordou da proposta dos deputados para antecipação da montagem da chapa para a Câmara e para a Assembléia Legislativa. Quércia afirmou que gostaria que a chapa fosse formalizada no mesmo dia do anúncio da sua decisão.
À Executiva Quércia afirmou que há margem de crescimento em São Paulo, especialmente após a crise de segurança.
Segundo peemedebistas, Quércia se mostrou bem mais animado com a chance de concorrer do que antes de seu encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada. De acordo com pessoas que estiveram ontem com Quércia, o ex-governador sinalizou que negociou com o presidente Lula a participação do partido num eventual segundo mandato do petista.
Ainda sobre o encontro no Planalto, Quércia teria dito que, em caso de um aliança nacional PMDB-PT, ela seria reproduzida no Estado.
Na reunião, ele também se mostrou confiante na possibilidade de contar com o apoio do PT caso chegue ao segundo turno. Iniciado às 19h, o encontro foi interrompido para que os peemedebistas assistissem ao programa eleitoral.

Críticas indiretas
O programa estadual do PMDB, que durou 20 minutos, foi usado quase exclusivamente por Quércia, que começou explorando a crise de segurança no Estado e terminou com o anúncio da candidatura própria para governador. "Vamos ter candidato próprio ao governo do Estado", disse.
Na TV, criticou a atuação do governo na área de segurança, mas não citou o ex-governador Geraldo Alckmin nem o PSDB. Também evitou ataques diretos à administração federal. Embora tenha criticado o crescimento do PIB do primeiro trimestre deste ano (3,4% em relação ao mesmo período de 2005), não citou o nome do presidente Lula ou o PT.


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