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Governador critica declarações de Paulinho
DA REPORTAGEM LOCAL
Acusado de perseguição por
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), o governador José Serra
(PSDB) recomendou que o deputado federal enfrente seus
próprios problemas em vez de
buscar "distrair a atenção".
"O Paulinho deveria enfrentar os problemas dele de verdade. Porque ele está bastante
ameaçado de cassação. Então
faz isso para distrair a atenção."
Serra disse desconhecer que
a Polícia Civil de São Paulo tenha perseguido Paulinho. Em
entrevista ao jornal "Correio
Braziliense", Paulinho acusa
grupos ligados a Serra e ao prefeito de São Paulo, Gilberto
Kassab (DEM), de serem os
responsáveis pela pressão que
vem sofrendo. "E não estou
querendo falar agora. Se eu falar, cai a República de São Paulo", declarou Paulinho.
"A Polícia Civil é corpo independente, que trabalha seriamente. Aí ele mistura banana
com laranja, com tomate e com
abacate. Não tem nada a ver."
Em nota, o prefeito disse
considerar a entrevista "totalmente fantasiosa" e "desprovida de fundamento". "O prefeito
reafirma que o deputado Paulo
Pereira da Silva pediu a demissão do secretário do Trabalho,
Geraldo Vinholi, que também é
do PDT. Como o pedido não foi
acatado, Paulinho levou o PDT
a romper com o governo municipal, forçando a saída do secretário", diz a nota da prefeitura.
Paulinho é suspeito de envolvimento em um esquema de irregularidades e desvio de dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico Social), revelado
pela Polícia Federal.
No meio político, as declarações de Paulinho foram encaradas como um movimento de
embarque na candidatura de
Marta Suplicy (PT).
Na quarta-feira, Paulinho
procurou o presidente estadual
do PSB, Márcio França, dizendo-se sob pressão para que venha a apoiar o PT. PDT e PSB
formam o bloquinho.
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