DA REDAÇÃO

"A Linha de Sombra", de Joseph Conrad, é o lançamento do próximo domingo da coleção Biblioteca Folha.
O livro traz a história de um jovem marinheiro que, embora decidido a abandonar a vida no mar, se deixa seduzir por uma última aventura ao ser convidado a assumir o comando de um navio.
Uma série de estranhos e dolorosos acontecimentos atingirá o jovem capitão e os tripulantes. Uma epidemia infestará a embarcação. O navio ficará estagnado em pleno oceano. E o fantasma de um ex-capitão, morto em circunstâncias misteriosas, assombrará os marinheiros.
"A Linha de Sombra" foi publicado originalmente em 1917. Para a crítica, o livro é uma reflexão sobre os conflitos que ocorrem na passagem da juventude à idade madura.
Nascido na Ucrânia, filho de um erudito polonês, Conrad é um dos maiores autores da língua inglesa de todos os tempos. Perdeu os pais muito cedo e foi educado por um tio.
Aos 17 anos, decidiu abandonar a escola na Ucrânia e se tornou aprendiz de marinheiro em Marselha (França). A experiência como marinheiro alimentará toda a sua literatura.
Em 1878, mudou-se para a Inglaterra e fez carreira na Marinha. Tornou-se cidadão inglês em 1886. Trocou seu longo nome (Józef Teodor Konrad Korzeniowski) e decidiu escrever apenas no idioma de Shakespeare, que ele dominaria extraordinariamente bem na escrita, mas nunca na fala.
Publicou seu primeiro livro, "A Loucura do Almayer", apenas aos 38 anos, em 1895. Seus romances "Lorde Jim" (1900), "O Coração nas Trevas" (1902) e "Nostromo" (1904) são considerados obras essenciais da literatura moderna.
O estilo de Conrad é rigoroso e de grande clareza e gravidade. Suas narrativas são fascinantes. E nos temas ele é obcecado pelo modo como as forças naturais e a loucura humana de repente se manifestam, colocando em xeque as construções e os princípios da civilização ocidental.


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