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Capital dos bonés entra
em crise com proibição de
brindes imposta pelo TSE
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A decisão do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) de proibir
a distribuição de brindes em
campanhas eleitorais colocou
o município de Apucarana
(norte do PR) em crise. Responsável por 85% da produção nacional de bonés, o município pode perder 2.000
empregos diretos e ampliar a
crise no setor.
A cidade, de 110 mil habitantes, tem 12 mil trabalhadores (mais de 10% da população) diretamente envolvidos na confecção de bonés e
brindes promocionais. A
campanha eleitoral deste ano
era a esperança que os fabricantes tinham para reverter
um quadro ruim, com queda
de 40% nos pedidos. A indústria de bonés promocionais
sofre com a crise no setor
agropecuário, grande consumidor de bonés promocionais, e com a concorrência
chinesa, mais barata.
"A decisão do TSE só agravou nossa crise. A esperança é
que duas ações diretas de inconstitucionalidade que estão no STF [Supremo Tribunal Federal] possam reverter
essa quadro", disse André
Luís do Espírito Santo, coordenador do Arranjo Produtivo Local de Apucarana. As
ações não ainda estão na pauta de julgamento do STF.
Para ele, a expectativa era
que a campanha eleitoral deste ano fosse responsável por
pedidos de 10 milhões de bonés e brindes promocionais,
com uma receita esperada entre R$ 25 e R$ 30 milhões.
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