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TERCEIRIZADAS
Auditoria acha sobrepreço de 30% em contratos no Senado
JOSIAS DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Escalado para esquadrinhar 34 contratos do Senado
com empresas fornecedoras
de mão-de-obra, um grupo
de técnicos constatou sobrepreço de pelo menos 30%.
Dos R$ 155 milhões por
ano desembolsados para empregar 3.516 servidores terceirizados, não foram encontradas justificativas para pelo menos R$ 46 milhões.
Em três meses, a auditoria
fechou a análise de 19 dos 34
contratos. Como a Folha antecipou no dia 21 de junho,
foram encontradas irregularidades em todos.
As contratações foram feitas sob a gestão do ex-diretor-geral Agaciel Maia, afastado em março.
À medida que vai sendo revisado, o papelório desce à
mesa do senador que encomendou a inspeção: o primeiro-secretário Heráclito
Fortes (DEM-PI). Os contratos chegam com um diagnóstico invariável. Recomendam-se a rescisão e a realização de novas licitações.
Dos 34 contratos, cerca de
25 estão prestes a expirar.
Alguns em 30 dias. Outros
em até 60.
O Senado estima que, para
organizar uma nova licitação, precisa de pelo menos
90 dias. Nesse cenário, há
duas alternativas: ou os terceirizados são demitidos ou
renovam-se temporariamente os contratos.
Sob o argumento de que a
dispensa comprometeria o
funcionamento da Casa, o
Senado flerta com a segunda
hipótese. A renovação de
contratos é um dos vícios
apontados pelos auditores
constituídos por Heráclito.
Empresas que ganharam
as licitações para prover
mão-de-obra por um ano foram brindadas com prorrogações por até cinco anos.
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