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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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PL defende juízes e vira entrave em negociação

DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PL, partido do vice-presidente José Alencar, foi o maior entrave nas negociações com a base aliada para fixar o teto do Judiciário nos Estados em 85,5% do salário dos ministros do STF.
Em desobediência assumida à orientação dada anteontem pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o partido apresentou dois destaques ao relatório de José Pimentel (PT-CE). As duas emendas tentavam manter o artigo 93 da Constituição, que permite que o teto do Judiciário fique entre 85,5% e 90,25%, e não fixado em um único percentual.
O líder do partido na Câmara, Valdemar Costa Neto (SP), afirmou que a não-aceitação por parte do governo dos 90,25% para o teto do Judiciário era um "capricho". "Se não fosse o PL e o José Alencar, eles não teriam chegado ao governo. Não vai ser por um capricho do Planalto que vamos deixar de apresentar o destaque."
A avaliação de Costa Neto era de que o governo não teria os 60% de votos (308 de 513) do plenário necessários para manter os 85,5%.
O líder do PL encontrou-se na manhã de ontem com José Alencar, que não teria, segundo o deputado, colocado restrição à apresentação dos destaques. (JULIA DUAILIBI E RANIER BRAGON)


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