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PL defende juízes e vira entrave
em negociação
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PL, partido do vice-presidente José Alencar, foi o
maior entrave nas negociações com a base aliada para
fixar o teto do Judiciário nos
Estados em 85,5% do salário
dos ministros do STF.
Em desobediência assumida à orientação dada anteontem pelo ministro-chefe
da Casa Civil, José Dirceu, o
partido apresentou dois destaques ao relatório de José
Pimentel (PT-CE). As duas
emendas tentavam manter o
artigo 93 da Constituição,
que permite que o teto do Judiciário fique entre 85,5% e
90,25%, e não fixado em um
único percentual.
O líder do partido na Câmara, Valdemar Costa Neto
(SP), afirmou que a não-aceitação por parte do governo dos 90,25% para o teto
do Judiciário era um "capricho". "Se não fosse o PL e o
José Alencar, eles não teriam
chegado ao governo. Não vai
ser por um capricho do Planalto que vamos deixar de
apresentar o destaque."
A avaliação de Costa Neto
era de que o governo não teria os 60% de votos (308 de
513) do plenário necessários
para manter os 85,5%.
O líder do PL encontrou-se
na manhã de ontem com José Alencar, que não teria, segundo o deputado, colocado
restrição à apresentação dos
destaques.
(JULIA DUAILIBI E RANIER BRAGON)
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