São Paulo, sábado, 06 de agosto de 2005

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Procuradoria investiga participação de modelo

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Ministério Público de Minas Gerais investiga uma possível participação da modelo Cristiana Aparecida Fernandes, morta em Belo Horizonte em agosto de 2000, no suposto esquema de repasse de dinheiro para políticos na eleição de 1998. O procurador Francisco de Assis Santiago, que presidiu o inquérito sobre a morte de Cristiana, vai sugerir a quebra do sigilo bancário da modelo para verificar se o dinheiro teria passado pela conta corrente dela.
A investigação da morte da modelo envolveu nomes de diversos políticos mineiros. Do apartamento do flat onde foi achada morta, foram registrados telefonemas a órgãos do governo mineiro e a casa de autoridades.
Ontem, o advogado da família de Cristiana, Rui Caldas Pimenta, disse que na agenda consta o telefone da DNA, agência da qual Marcos Valério é sócio e que é apontada como intermediadora dos repasses de dinheiro. A Polícia Civil concluiu que a modelo cometera suicídio, mas para o Ministério Público o ex-noivo dela é o responsável pela morte. Ele foi denunciado à Justiça e aguarda o julgamento em liberdade.
A família da modelo está sendo novamente ouvida pela promotoria. O Ministério Público quer mais detalhes sobre as viagens freqüentes de Cristiana a Brasília e a São Paulo. Um dos irmãos confirmou as viagens e o transporte de malas lacradas e disse que a modelo contou a ele, certa vez, que estava com R$ 1,3 milhão em dinheiro. Depois disso, Santiago disse que vai encaminhar um relatório à Procuradoria Geral de Justiça, que decidirá o que fazer com as informações colhidas.


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