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Procuradoria investiga participação de modelo
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O Ministério Público de Minas
Gerais investiga uma possível
participação da modelo Cristiana
Aparecida Fernandes, morta em
Belo Horizonte em agosto de
2000, no suposto esquema de repasse de dinheiro para políticos
na eleição de 1998. O procurador
Francisco de Assis Santiago, que
presidiu o inquérito sobre a morte
de Cristiana, vai sugerir a quebra
do sigilo bancário da modelo para
verificar se o dinheiro teria passado pela conta corrente dela.
A investigação da morte da modelo envolveu nomes de diversos
políticos mineiros. Do apartamento do flat onde foi achada
morta, foram registrados telefonemas a órgãos do governo mineiro e a casa de autoridades.
Ontem, o advogado da família
de Cristiana, Rui Caldas Pimenta,
disse que na agenda consta o telefone da DNA, agência da qual
Marcos Valério é sócio e que é
apontada como intermediadora
dos repasses de dinheiro. A Polícia Civil concluiu que a modelo
cometera suicídio, mas para o Ministério Público o ex-noivo dela é
o responsável pela morte. Ele foi
denunciado à Justiça e aguarda o
julgamento em liberdade.
A família da modelo está sendo
novamente ouvida pela promotoria. O Ministério Público quer
mais detalhes sobre as viagens
freqüentes de Cristiana a Brasília
e a São Paulo. Um dos irmãos
confirmou as viagens e o transporte de malas lacradas e disse
que a modelo contou a ele, certa
vez, que estava com R$ 1,3 milhão
em dinheiro. Depois disso, Santiago disse que vai encaminhar
um relatório à Procuradoria Geral
de Justiça, que decidirá o que fazer com as informações colhidas.
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