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LIMPEZA PÚBLICA
Empresa empregava ex-assessores de Palocci
À PF presidente da Leão Leão nega fraude em licitações em SP e MG
ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO
O presidente do grupo Leão
Leão, Luiz Cláudio Ferreira Leão,
admitiu ontem, em depoimento à
Polícia Civil de Ribeirão Preto, ter
encontrado irregularidades na
empresa, mas negou ter participação no esquema. A informação
foi dada pelo delegado seccional
Benedito Antonio Valencise, que
preside o inquérito que apura formação de quadrilha, lavagem de
dinheiro e sonegação fiscal.
O empresário chegou à polícia
respaldado por uma liminar da
Justiça Criminal que impedia seu
indiciamento.
A Leão Ambiental, empresa do
grupo, é acusada de participar
-ora como operadora ora como
co-autora- de esquema de fraudes em licitações públicas em 16
cidades de São Paulo e Minas Gerais. Trabalharam na empresa os
ex-assessores de Antonio Palocci
Filho na Prefeitura de Ribeirão
Rogério Tadeu Buratti e Wilney
Barquete.
De acordo com o delegado, o
empresário disse ter verificado as
irregularidades após a publicação
de reportagens e depois de conhecer o teor das investigações do
Ministério Público Estadual e da
polícia. A prova disso, segundo
Valencise, foi a "demissão" dos
funcionários.
Para a Promotoria, o depoimento de Leão seguiu a estratégia
de isolar os funcionários demitidos para preservar a empresa, hoje com a imagem arranhada devido às denúncias.
Os funcionários demitidos
-Buratti, Barquete (que já foi indiciado), Marcelo Franzine e Fernando Fischer- foram procurados para comentar o assunto, mas
não foram encontrados.
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