São Paulo, segunda-feira, 06 de agosto de 2007

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No PT, Campo Majoritário recobra fôlego após-mensalão

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Debilitado com o escândalo do mensalão, o antigo Campo Majoritário recobrou fôlego ontem na eleição dos delegados do PT, de acordo com levantamento informal feito no partido. Hoje sob o nome "Construindo um novo Brasil", a corrente teria garantido 52% dos 934 delegados eleitos para o congresso nacional do partido.
Em 2005, nas eleições diretas do PT, o Campo perdeu o título de "majoritário": em meio à crise, minguou para 42% dos votos. Segundo os cálculos preliminares -feitos pela própria corrente-, a esquerda do partido enfraqueceu em relação aos resultados da eleição de 2005.
De acordo com o levantamento, a Articulação de Esquerda contará com 5,9% do congresso nacional, que deve ser realizado no fim do mês. Em 2005, o grupo conquistou mais de 14% dos votos.
Pelos números, a Democracia Socialista também sofreu um baque ao se unir a dissidentes do antigo Campo Majoritário -sendo o ministro Tarso Genro seu mais ilustre representante- para a formação da "Mensagem". A corrente elegeu 122 delegados, correspondendo a 13,79% do congresso nacional do partido. Sozinha, a DS conquistou 14,65% dos votos nas eleições de 2005.
O extinto campo, tendência do ex-ministro José Dirceu e ala mais próxima a Lula, tinha previsões mais otimistas. Mas que não se realizaram pelo mau desempenho da corrente em São Paulo. No Estado, elegeu só 42,4% dos delegados, dando sinais de que não terá mais o comando do partido, conquistado em 2005 com 51% dos votos.
Na oposição ao presidente Paulo Frateschi, o grupo ligado à ministra Marta Suplicy elegeu 33% da delegação de SP.
Além disso, foi aprovada proposta de redução do mandato dos dirigentes - entre eles Frateschi - de 2009 para 2008.


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