DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, apresentou ontem propostas que somam ao menos R$ 182,2 bilhões em investimentos no setor de infra-estrutura nos próximos quatro anos. Impresso às pressas para palestra na Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústria de Base, o documento prevê aplicação de recursos públicos e privados.
O caderno, que ficou pronto na manhã de ontem, é dividido em cinco temas: política energética, saneamento, transporte e logística, transportes coletivos urbanos e meio ambiente. Cheio de cifras, é uma resposta ao programa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não citou metas.
O programa aponta necessidade de R$ 12 bilhões anuais para que "em 2020, todos brasileiros tenham água de qualidade e tratamento de esgoto".
Ele também promete "garantir condições para que sejam cumpridas as metas estabelecidas no Plano Decenal de Expansão da Empresa de Pesquisa Energética do Ministério das Minas e Energia para o período de 2007-2010, com investimentos de US$ 25,6 bilhões [R$ 56,4 bi] em geração e transmissão e de US$ 4,8 bilhões [R$ 10,2 bi] em distribuição".
Em sua palestra, Alckmin -que chamou de "absurda" a carga tributária praticada no fim do governo FHC- disse duas vezes que estuda a construção da usina nuclear de Angra 3, "porque temos de diversificar a matriz energética".
Ele também alertou para os riscos de apagão em 2010. "Se o Brasil crescer forte... não precisa nem crescer forte. Se crescer médio, podemos ter falta de energia. Não por culpa de São Pedro. Mas por falta de investimento", disse Alckmin, que prometeu expor todo seu programa de governo na internet até o fim da semana.


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