São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2001

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GOVERNO

Presidente discursou na inauguração do aeroporto de Palmas, onde fez propaganda das realizações de sua gestão

FHC diz não ter "paralisia" diante de crises

DENISE MADUEÑO
ENVIADA ESPECIAL A PALMAS

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que não tem paralisia diante das crises.
Em 1998, em campanha para reeleição, FHC dizia que não seria eleito para administrar crises. Agora, a 14 meses de deixar o mandato, o presidente diz que não fica chorando, mas enfrentando as dificuldades.
A afirmação foi feita durante discurso na inauguração do aeroporto de Palmas. FHC aproveitou o momento em que dizia que a população de Tocantins, Estado que completou ontem 13 anos, é "uma gente vibrante que acredita no Brasil" para afirmar: "E porque eu acredito no Brasil, porque eu não esmoreço, porque eu não tenho a paralisia diante das crises, eu não fico chorando as dificuldades senão tratando de enfrentá-las, é que eu vim aqui".
FHC usou o discurso em Palmas para fazer propaganda de realizações de seu governo.
Disse que só na sua gestão foram inaugurados 11 aeroportos de grande porte e que outros mais virão como "uma espécie de contínuo de produção de aeroportos" pelo país. "Isso em momentos em que o mundo tem muita incerteza, enquanto muitos ficam apostando no pessimismo, enquanto alguns espalham, de verdade, o terror e outro terror mental, dizendo que as coisas não vão dar certo, estamos fazendo o que temos de fazer."
O presidente atribuiu ao seu governo o maior avanço social. Segundo ele, o Brasil está criando uma rede de proteção social como nunca houve na história com a criação de programas como o Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, bolsa para criança em trabalho penoso, bolsa para idosos e bolsa para o trabalhador do semi-árido do Nordeste.
"Um Brasil que nunca olhou para os pobres hoje é um Brasil que, muitas vezes sem que os ricos e acomodados percebam, começa a se modificar nas suas bases", afirmou FHC.

Inauguração
Horas depois de ser inaugurado, o aeroporto teve um beiral do telhado arrancado pelo vento devido às chuvas que atingiram a cidade, provocando alagamentos em alguns pontos do local.
Por causa da chuva, o aeroporto ficou fechado durante uma hora para pousos e decolagens.
Os ministros Geraldo Quintão (Defesa) e Carlos Melles (Esporte e Turismo) e o senador Edison Lobão (PFL-MA) também participaram da inauguração do aeroporto. Na placa que registra a inauguração consta também o nome do ministro Martus Tavares (Planejamento), que não esteve na cerimônia. Martus se filiou ao PSDB e deve disputar cargo eletivo no próximo ano.
A construção do aeroporto, que fica distante 25 quilômetros do centro de Palmas, custou R$ 91,5 milhões, recursos da Infraero (80% do total) e do Estado (20%). O aeroporto tem capacidade para 370 mil passageiros por ano.
No final da cerimônia, FHC tirou fotos com Nathália Lourenço Rodrigues, 16, que é miss Brasil Model e que vai disputar o concurso de miss mundo.


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