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SENADOR
DATAFOLHA
José Aníbal aparece com 17%, Cunha Bueno, 8%, e Wagner Gomes, com 5%
Mercadante tem 37%, Tuma, 36%, e Quércia, 32%
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aloizio Mercadante (PT), com
37%, e Romeu Tuma (PFL), com
36%, chegam empatados na disputa pelas duas vagas paulistas no
Senado. A pesquisa Datafolha
realizada ontem e na sexta-feira
atribui a eles a mesma porcentagem registrada na última quarta.
Orestes Quércia (PMDB) oscila
um ponto para baixo e está agora
com 32%. Teoricamente, ele pode
estar em situação de empate técnico com Tuma, já que a margem
de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos.
José Anibal (PSDB) oscila de
15% para 17%, Cunha Bueno cai
de 11% para 8%, enquanto Wagner Gomes oscila de 3% para 5%.
A disputa entre os três primeiros colocados marcou a sequência
das sete pesquisas anteriores do
Datafolha no Estado.
Nas três primeiras, entre maio e
agosto, o candidato petista aparecia apenas como um figurante de
certo potencial, enquanto o pefelista e o peemedebista surgiam
com larga superioridade na preferência dos votos.
A partir de 9 de setembro, Mercadante já aparecia empatado
com Quércia. Assim permaneceu
nas duas pesquisas seguintes, para então, em 2 de outubro, subir
quatro pontos e registrar vantagem sobre Tuma, dentro da margem de erro.
Tuma, por sua vez, chegou a
reunir 55% das preferências no
Datafolha de julho. Em agosto havia perdido 18 pontos e permaneceu oscilando entre 36% e 40%
nas pesquisas seguintes.
O pefelista foi provavelmente
vítima de dois fatores: a saturação
das propostas para a segurança
pública no horário eleitoral e a falta de um presidenciável do PFL,
de preferência em ascensão, a
quem pudesse atrelar seu nome.
Quércia, ex-senador e ex-governador, nunca chegou a obter a
maioria absoluta das intenções de
voto. Seu melhor desempenho foi
em julho, pouco antes do início
do horário eleitoral, com 42% das
preferências. Passados 40 dias, e
em que pese sua presença maciça
no horário eleitoral do PMDB, ele
havia caído 16 pontos, recuperando-se ligeiramente e mantendo,
nas três últimas pesquisas, 33%
das intenções.
José Anibal (PSDB) não parou
de oscilar para cima ou crescer de
verdade nas sete primeiras pesquisas. Mas não capitalizou o
crescimento da candidatura do
tucano Geraldo Alckmin, para
governador. Ter sido deputado,
líder no Congresso, secretário de
Mário Covas e hoje presidente nacional do PSDB não tiveram
maior desdobramento eleitoral.
Cunha Bueno (PPB), variou de
7% a 11% nas pesquisas anteriores. Não demonstrou chances de
se eleger e em nenhum momento
atingiu os mesmos patamares de
Paulo Maluf, seu chefe.
Essa não-transferência de votos
também vitimou Wagner Gomes
(PC do B). Enquanto Lula passava
a oscilar acima dos 40% das intenções para a Presidência, e José Genoino subia nas pesquisas para
governador, Gomes teve dificuldades de associar seu nome a eles.
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