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Marta nega decepção e se diz feliz por ter prefeito como rival
Petista afirma que ter cumprido 1ª meta e que irá explorar trajetórias políticas e deficiências da atual administração
Ex-prefeita chega a dançar
para tentar mostrar ânimo
durante entrevista, elogia "dignidade" de Alckmin e se declara convicta da vitória
RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de as urnas exibirem
quadro mais desfavorável do
que o projetado pelas pesquisas, Marta Suplicy (PT) se disse
ontem à noite "muito feliz e
muito satisfeita" de ter Gilberto Kassab (DEM) como rival.
Ao fazer vários elogios a Geraldo Alckmin (PSDB), já de
olho no eleitorado do tucano, a
petista afirmou que "agora começa a final do campeonato".
Líder nas pesquisas durante
quase toda a campanha, ela negou ter se decepcionado, afirmando que seu objetivo era só
passar ao segundo turno.
"Eu tinha clareza de que ia
para o segundo turno. Eu não
tinha clareza de quem iria junto. Mas tinha duas certezas: de
que ia para o segundo turno. E
que venço o segundo turno."
O PT reservou o salão de um
hotel no centro de São Paulo
para a entrevista da candidata,
que estava acompanhada pelo
seu "estafe", além do ministro
do Turismo, Luiz Barreto, e da
ex-prefeita Luiza Erundina
(PSB). Ao fundo, a frase que será incorporada à campanha: "A
esperança vai vencer de novo",
referência à "esperança venceu
o medo" de Lula em 2002.
A petista tentou passar impressão de ânimo, apesar do resultado. Sorridente, Marta chegou a dançar no final, ao som do
seu jingle. "Eu tenho muito
prazer em ter batalha verbal de
comparação de projetos e de
propostas e de gestão [com
Kassab]. Agora é a hora. Agora
começa o segundo turno", falou
ela, dizendo que o eleitor escolherá, entre projetos distintos,
o que quer para sua cidade.
Ela disse que irá explorar deficiências da atual administração. "Além de comparar gestões, vamos comparar trajetórias políticas", falou, em referência ao fato de Kassab ter sido secretário de Planejamento
de Celso Pitta (1996-2000) e
ter apoiado o ex-prefeito Paulo
Maluf (PP). O PP integra a coalizão nacional de apoio a Lula.
Sobre o presidente, Marta disse
que ele será muito "usado".
Como Kassab, a petista jogou
o laço sobre o eleitor de Alckmin, que teve mais de 1,4 milhão de votos. "Admiro a postura, a elegância e a ética do governador Geraldo Alckmin. Ele
conseguiu ter dignidade na adversidade que viveu. Mas a posição dele é ele quem decidirá".
Colaboraram NATÁLIA PAIVA e VANESSA CORRÊA , colaboração para a Folha
Leia a íntegra do discurso
de Marta Suplicy (PT)
www.folha.com.br/082802
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