São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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Marta nega decepção e se diz feliz por ter prefeito como rival

Petista afirma que ter cumprido 1ª meta e que irá explorar trajetórias políticas e deficiências da atual administração

Ex-prefeita chega a dançar para tentar mostrar ânimo durante entrevista, elogia "dignidade" de Alckmin e se declara convicta da vitória


RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO

CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de as urnas exibirem quadro mais desfavorável do que o projetado pelas pesquisas, Marta Suplicy (PT) se disse ontem à noite "muito feliz e muito satisfeita" de ter Gilberto Kassab (DEM) como rival.
Ao fazer vários elogios a Geraldo Alckmin (PSDB), já de olho no eleitorado do tucano, a petista afirmou que "agora começa a final do campeonato".
Líder nas pesquisas durante quase toda a campanha, ela negou ter se decepcionado, afirmando que seu objetivo era só passar ao segundo turno.
"Eu tinha clareza de que ia para o segundo turno. Eu não tinha clareza de quem iria junto. Mas tinha duas certezas: de que ia para o segundo turno. E que venço o segundo turno."
O PT reservou o salão de um hotel no centro de São Paulo para a entrevista da candidata, que estava acompanhada pelo seu "estafe", além do ministro do Turismo, Luiz Barreto, e da ex-prefeita Luiza Erundina (PSB). Ao fundo, a frase que será incorporada à campanha: "A esperança vai vencer de novo", referência à "esperança venceu o medo" de Lula em 2002.
A petista tentou passar impressão de ânimo, apesar do resultado. Sorridente, Marta chegou a dançar no final, ao som do seu jingle. "Eu tenho muito prazer em ter batalha verbal de comparação de projetos e de propostas e de gestão [com Kassab]. Agora é a hora. Agora começa o segundo turno", falou ela, dizendo que o eleitor escolherá, entre projetos distintos, o que quer para sua cidade.
Ela disse que irá explorar deficiências da atual administração. "Além de comparar gestões, vamos comparar trajetórias políticas", falou, em referência ao fato de Kassab ter sido secretário de Planejamento de Celso Pitta (1996-2000) e ter apoiado o ex-prefeito Paulo Maluf (PP). O PP integra a coalizão nacional de apoio a Lula.
Sobre o presidente, Marta disse que ele será muito "usado".
Como Kassab, a petista jogou o laço sobre o eleitor de Alckmin, que teve mais de 1,4 milhão de votos. "Admiro a postura, a elegância e a ética do governador Geraldo Alckmin. Ele conseguiu ter dignidade na adversidade que viveu. Mas a posição dele é ele quem decidirá".


Colaboraram NATÁLIA PAIVA e VANESSA CORRÊA , colaboração para a Folha

Leia a íntegra do discurso de Marta Suplicy (PT)
www.folha.com.br/082802


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