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Dilma e Serra tentam capitalizar Rio-2016
Pré-candidata petista compara programa habitacional do governo federal à escolha da capital fluminense para sediar Olimpíada
Tucano diz que São Paulo "está aberto a colaborar", inclusive com benefícios fiscais para investimentos ou capacitação de atletas
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA (PR)
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Potenciais adversários na
corrida presidencial, a ministra
da Casa Civil, Dilma Rousseff
(PT), e o governador José Serra
(PSDB-SP) tentaram ontem tirar dividendos eleitorais da escolha do Rio como cidade-sede
da Olimpíada de 2016. A 532
km de distância -ela, em Londrina, e ele, em Poá (SP)- os
dois exaltaram a importância
da Olimpíada para o país.
Dilma comparou o programa
de habitação Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, à
indicação do Rio. Segundo ela, a
escolha da cidade "é uma vitória de cada um de nós, brasileiros". "Estamos defendendo a
mesma causa, que é a emancipação do povo brasileiro."
Afirmando que "a Olimpíada
é uma grande oportunidade",
Serra disse que o Estado "está
aberto a colaborar", inclusive
com benefícios fiscais para investimentos ou a capacitação
de atletas. "Estamos também
disponíveis para abrigar as partidas de futebol em 2016", disse
o tucano. "A gente tem que fazer um esforço grande para que
saia bem. Tenho certeza que
vamos conseguir", disse.
Questionado sobre o temor
de priorização da Olimpíada
em detrimento de outros investimentos, Serra afirmou que esse "risco tem que ser minimizado". Essa, disse, é uma "questão
do governo federal, do governo
estadual e da Prefeitura do
Rio". "Tem que pegar nossos
melhores urbanistas, do Brasil
e do exterior, para fazer uma
coisa caprichada, para que esse
investimento, depois da Olimpíada, continue frutificando,
sem megalomania, sem superfaturamento. Não estou acusando nada do passado. Estou
olhando para o futuro."
Em Londrina para a assinatura de contrato de R$ 92 milhões para o Minha Casa, Minha Vida -destinado a 2.156 famílias-, Dilma afirmou que o
programa é uma vitória "contra
as pessoas contrárias a dar subsídio para a construção de casas
para essa faixa de renda".
Ao lado de Dilma, estavam os
ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Márcio Fortes (Cidades) e José Gomes Temporão (Saúde), além de dois possíveis candidatos ao governo do
Paraná, o vice-governador Orlando Pessutti (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT).
A ministra negou que faça
campanha ao lançar obras. "É
só fazer um raciocínio: temos
eleições a cada dois anos. Tudo
o que o governo fizer é campanha." Ela minimizou a sugestão
do TCU de suspender 15 obras
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) por indícios de irregularidades. "O PAC
tem 2.300 obras. O próprio
TCU reconheceu várias vezes
que as obras do PAC têm menos problemas que outras."
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