São Paulo, terça-feira, 06 de dezembro de 2005

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SANTO ANDRÉ

Testemunha nega crime por dívidas de campanha

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia, a Promotoria e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ouviram ontem uma testemunha que contesta depoimento feito na semana passada, segundo o qual o motivo do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel fora uma dívida de campanha.
Apontado por uma outra testemunha como o traficante que teria exigido de volta dinheiro doado para a campanha de Celso Daniel -provocando seu seqüestro- M.P.V.C., o "Banana", negou até conhecer o ex-secretário Klinger Luiz de Oliveira Souza e os empresários Sérgio Gomes da Silva e Ronan Maria Pinto.
Segundo versão de uma líder comunitária de Heliópolis ouvida na semana passada pela CPI dos Bingos, Klinger e Gomes da Silva selaram um acordo com "Banana", de quem teriam recebido R$ 1,5 milhão para a eleição de Celso Daniel. Em troca, teriam assumido o compromisso de legalizar transporte de lotação.
Sem que a promessa fosse cumprida, "Banana" teria exigido o dinheiro. Por isso, ainda segundo essa testemunha, Gomes da Silva teria simulado o seqüestro para obter R$ 3 milhões em resgate.
Negando que seja traficante, "Banana", 31, disse ter três microônibus na rota Heliópolis-metrô de Santa Cruz. Ele rechaçou qualquer relação com a morte de Celso Daniel. Ano passado, ficou preso sob acusação de assassinato de quatro pessoas em Heliópolis. Está sob liberdade provisória.


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