São Paulo, quarta-feira, 06 de dezembro de 2006

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PÓS-ELEIÇÃO

Alckmin faz críticas a Lula e pede PSDB "mais solidário"

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez desde que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição, o ex-governador Geraldo Alckmin criticou abertamente o presidente petista e disse que o PSDB precisa aprender a "ser mais solidário".
Em conversa com a Folha, os principais alvos do tucano foram a coalização de partidos proposta por Lula e o fraco desempenho do PIB no terceiro trimestre deste ano, o que fez com que o mercado reduzisse sua projeção de crescimento para o país.
"Coalização se faz em torno de um projeto, e não vejo isso agora. Ele [Lula] tem mostrado mais o objetivo de perpetuar a CPMF e a DRU [Desvinculação dos Recursos da União] do que qualquer outra coisa", disse.
Sobre o PIB, Alckmin disse que está elaborando um estudo a respeito das taxas de crescimento de todos os presidentes da história do país. "Estou analisando 108 anos e 26 governos. Um dos piores desempenhos é o atual", disse ele.
Alckmin afirmou não ver necessidade de "refundação" do PSDB. Para ele, o partido "precisa melhorar sua solidariedade e se preparar para vencer a próxima eleição".
Durante a campanha, o ex-governador ficou isolado em diversos Estados. A campanha terminou com dívidas que beiram R$ 18 milhões, segundo a prestação de contas entregue.
Quanto ao papel do PSDB no segundo mandato de Lula, Alckmin disse que o partido deverá "fiscalizar" a gestão petista, mas sem se recusar a votar o que "for bom para o Brasil". Sem cargo, Alckmin tem despachado no ITV (Instituto Teotônio Vilela). (JOSÉ ALBERTO BOMBIG)


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