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PÓS-ELEIÇÃO
Alckmin faz críticas a Lula e pede PSDB "mais solidário"
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez desde
que foi derrotado por Luiz
Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição, o ex-governador Geraldo Alckmin criticou abertamente o
presidente petista e disse
que o PSDB precisa aprender
a "ser mais solidário".
Em conversa com a Folha,
os principais alvos do tucano
foram a coalização de partidos proposta por Lula e o
fraco desempenho do PIB no
terceiro trimestre deste ano,
o que fez com que o mercado
reduzisse sua projeção de
crescimento para o país.
"Coalização se faz em torno de um projeto, e não vejo
isso agora. Ele [Lula] tem
mostrado mais o objetivo de
perpetuar a CPMF e a DRU
[Desvinculação dos Recursos da União] do que qualquer outra coisa", disse.
Sobre o PIB, Alckmin disse que está elaborando um
estudo a respeito das taxas
de crescimento de todos os
presidentes da história do
país. "Estou analisando 108
anos e 26 governos. Um dos
piores desempenhos é o
atual", disse ele.
Alckmin afirmou não ver
necessidade de "refundação"
do PSDB. Para ele, o partido
"precisa melhorar sua solidariedade e se preparar para
vencer a próxima eleição".
Durante a campanha, o ex-governador ficou isolado em
diversos Estados. A campanha terminou com dívidas
que beiram R$ 18 milhões,
segundo a prestação de contas entregue.
Quanto ao papel do PSDB
no segundo mandato de Lula, Alckmin disse que o partido deverá "fiscalizar" a gestão petista, mas sem se recusar a votar o que "for bom
para o Brasil". Sem cargo,
Alckmin tem despachado no
ITV (Instituto Teotônio Vilela).
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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