São Paulo, quinta, 7 de janeiro de 1999

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Versão de Farias deixa dúvidas

da Sucursal de Brasília

O deputado Augusto Farias (PFL-AL) chamou ontem o deputado Talvane Albuquerque (PFL-AL) de "psicopata" e apresentou uma fita que, segundo ele, comprova que o deputado contratou um pistoleiro para matá-lo. Farias também será investigado pela comissão de sindicância da Câmara que apura a morte da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), assassinada em 16 de dezembro de 98.
Os integrantes da Mesa têm dúvidas sobre a versão que Farias contou. Segundo ele, o suposto plano do deputado Talvane Albuquerque para matá-lo não foi executado porque o pistoleiro Maurício Novaes, o "Chapéu de Couro", resolveu "salvar uma vida".
Segundo Farias, "Chapéu de Couro" procurou um policial identificado como "Jorge" para dizer que Talvane o contratou para matá-lo. A informação foi transmitida pelo deputado estadual Júnior Leão (PSDB) a Farias, que, posteriormente, se encontrou com o pistoleiro em Juazeiro (BA).
"Chapéu de Couro", na versão de Farias, se dispôs a gravar conversas telefônicas com Talvane para caracterizar que havia uma negociação em curso para matá-lo. As gravações foram feitas no escritório de um irmão de Farias.
O deputado contou que o suposto acerto para matá-lo era no valor de R$ 200 mil.
Farias afirmou ainda que não denunciou o suposto plano de assassinato porque foi orientado por um advogado que teria lhe dito que intenção não é crime.



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