São Paulo, quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Tática do ventilador
Por meio de seu líder no Senado, Romero Jucá, o
Planalto colocou na mesa uma proposta de CPI que,
além de atropelar os oposicionistas da Câmara e estender a investigação sobre cartões corporativos às
chamadas "contas tipo B", modalidade de realização
de despesas mais utilizada no período FHC, atinge
não apenas o governo, mas "a União". É o que consta
do requerimento com o qual Jucá circulava ontem em
busca de assinaturas dos colegas. ...bem-me-quer Então os tucanos devem boicotar o requerimento? Não exatamente. "Manteremos as assinaturas se a redação for conveniente", afirma Virgílio. Mando de jogo. Laçado de surpresa por Vanderlei Macris (PSDB-SP), que pedia sua assinatura para a CPI dos cartões corporativos na Câmara, o ministro e deputado licenciado José Múcio (Relações Institucionais) deu o tom da música cantada pelo Planalto devolvendo a brincadeira: "É a mesma CPI do Senado, não faz sentido". Armeiro. Autor do pedido de uma CPI que inclua os deputados, Carlos Sampaio (PSDB-SP) avisa que, se a manobra do governo vingar, repassará a munição já recolhida no Tribunal de Contas da União para a cúpula de seu partido no Senado.
Cuidado! Dilma Rousseff,
que nas aparições públicas
mais recentes vinha treinando o figurino simpático de
candidata, estava com cara de
pouquíssimos amigos na
abertura dos trabalhos do
Congresso. A chefe da Casa
Civil chegou ontem à Câmara
cercada por seguranças, falou
quase nada e, tão logo encerrados os discursos, avisou a
José Múcio: "Vou indo". ...e depois. Ontem, o ministro Franklin Martins (Comunicação) defendeu que os gastos com cartão corporativo para abastecer de carne os churrascos presidenciais não devem ser divulgados no portal. Por questão de segurança. Imagem é tudo. Em sua primeira reunião de diretoria como presidente da Anac, Solange Vieira recomendou que a assessoria de imprensa do órgão faça, "em todas as reuniões, um relato sobre a imagem da instituição", além de "apresentar pontos que poderão ser pautados pela mídia". À espreita. Presidente do PT paulistano, José Américo diz que o partido só espera ver Geraldo Alckmin no palanque de alguma inauguração de José Serra para entrar com ação na Justiça. O vereador alega que, como o tucano não tem cargo, sua participação em eventos do gênero caracterizaria promoção eleitoral. Água e óleo. Pensando bem, José Américo não tem com que se preocupar. A chance de Serra e Alckmin ocuparem o mesmo palanque não é das maiores.
Na avenida. Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social) é por ora o único entre os
secretários de Gilberto Kassab que pretende sair candidato. O tucano deixa o cargo
em 30 de março para disputar vaga de vereador. No Carnaval, pediu votos até na concentração da Vai-Vai, escola pela qual desfilou na "ala vip". Do senador pernambucano SÉRGIO GUERRA , presidente do PSDB, ligando o escândalo da hora à recente declaração de Lula de que o país será transformado este ano num canteiro de obras. Contraponto Fora de época
Na madrugada de sábado, a primeira de desfiles no
Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, José Serra assistia à passagem das escolas de samba quando foi surpreendido por uma eleitora que lhe presenteou com o livro "Tratado de Yoga", de Mestre DeRose. Depois de agradecer e tirar uma foto ao lado da moça, o governador
entregou o catatau de 950 páginas, compêndio de oito
obras do autor, aos cuidados de um assessor. |
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