São Paulo, domingo, 7 de fevereiro de 1999

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Apenas 2 dos 21 projetos não sofreram cortes

da Sucursal de Brasília

Dos 21 programas escolhidos para fazer parte da Rede de Proteção Social, apenas dois haviam sido poupados dos cortes feitos no Orçamento em novembro passado por conta do ajuste fiscal.
Os cortes realizados nos 19 programas chegam a R$ 900 milhões. Ao todo, o governo federal cortou R$ 8,7 bilhões de seu Orçamento.
O Programa de Garantia de Renda Mínima foi o mais prejudicado: dos R$ 320 milhões previstos, só sobraram R$ 54 milhões. Graças a emendas parlamentares, o programa recuperou R$ 50 milhões.
"Não deu para chegar à verba que dispúnhamos antes do corte, mas já dá para fazer alguma coisa", afirmou Sônia Moreira, coordenadora do programa.
O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil perdeu metade dos recursos: dos R$ 60 milhões previstos, ficou com R$ 30 milhões. Ambos estavam ligados à Secretaria de Assistência Social -uma das mais prejudicadas.
O Planfor (Programa Nacional de Qualificação Profissional), do Ministério do Trabalho, perdeu 52,8% dos recursos iniciais, ficando com apenas R$ 312 milhões.
O BID justificou a necessidade de criar a rede de proteção porque considera que o "nível de gasto social sofre reduções importantes em consequência do ajuste fiscal."
Segundo o documento, a instabilidade do mercado financeiro põe em perigo a estabilidade, afetando a estabilidade dos preços e afetando negativamente os pobres.
A rede de proteção, segundo o documento, teria como objetivo "reduzir o impacto negativo do ajuste fiscal nos grupos populacionais mais vulneráveis."
Ao elaborar a lista de programas que seriam incluídos, o BID procurou aqueles que já haviam sofrido cortes mais profundos. (DF)



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