São Paulo, domingo, 07 de abril de 2002

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Loterj financiou a ONG dos projetos da primeira-dama

DA SUCURSAL DO RIO

Por lei estadual aprovada no governo Marcello Alencar, 70% do lucro da Loterj, empresa de loterias do Estado, financia os projetos sociais da ex-primeira-dama. Rosinha Matheus teve R$ 30 milhões nos três anos do governo Garotinho, que não aparecem no orçamento do Estado porque vão para a organização não-governamental Vida-Obra Social.
Foi desse dinheiro que saíram os R$ 950 mil gastos na compra do mobiliário e de equipamentos para o hotel popular, inaugurado no mês passado por Rosinha. Daí também saiu R$ 1,4 milhão para a montagem da fábrica de sopa enlatada do programa Sopa Cidadania e o dinheiro para a construção de 900 casas populares e de uma creche no Trevo das Missões, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense).
A ONG pode receber dinheiro de outras fontes, mas segundo o Tribunal de Contas do Estado ela só está obrigada a prestar contas dos valores repassados pela Loterj. Por não ser órgão do governo, não está sujeita à legislação das licitações.
A Folha procurou durante duas semanas obter informações sobre a aplicação dos recursos da ONG, mas a vice-presidente, Alda Soares, afirmou que apenas Rosinha Matheus poderia dar informações. A ex-primeira-dama não respondeu aos pedidos de entrevista. (EL)


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