|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Loterj financiou a
ONG dos projetos
da primeira-dama
DA SUCURSAL DO RIO
Por lei estadual aprovada
no governo Marcello Alencar, 70% do lucro da Loterj,
empresa de loterias do Estado, financia os projetos sociais da ex-primeira-dama.
Rosinha Matheus teve R$ 30
milhões nos três anos do governo Garotinho, que não
aparecem no orçamento do
Estado porque vão para a organização não-governamental Vida-Obra Social.
Foi desse dinheiro que saíram os R$ 950 mil gastos na
compra do mobiliário e de
equipamentos para o hotel
popular, inaugurado no mês
passado por Rosinha. Daí
também saiu R$ 1,4 milhão
para a montagem da fábrica
de sopa enlatada do programa Sopa Cidadania e o dinheiro para a construção de
900 casas populares e de
uma creche no Trevo das
Missões, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense).
A ONG pode receber dinheiro de outras fontes, mas
segundo o Tribunal de Contas do Estado ela só está
obrigada a prestar contas
dos valores repassados pela
Loterj. Por não ser órgão do
governo, não está sujeita à
legislação das licitações.
A Folha procurou durante
duas semanas obter informações sobre a aplicação
dos recursos da ONG, mas a
vice-presidente, Alda Soares, afirmou que apenas Rosinha Matheus poderia dar
informações. A ex-primeira-dama não respondeu aos pedidos de entrevista.
(EL)
Texto Anterior: Evangélicos definem destinos da verba social Próximo Texto: Ensino apresenta piora; saúde mostra avanços Índice
|