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"Jucá precisa esclarecer melhor o que está publicado", diz João Paulo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-presidente da Câmara dos
Deputados João Paulo Cunha
(PT-SP), pré-candidato ao governo de São Paulo em 2006, tornou-se ontem o primeiro representante do alto clero petista a mostrar
desconforto com as denúncias
contra o ministro da Previdência,
Romero Jucá.
De acordo com o ex-presidente
da Câmara, que chegou a ser cotado para assumir o cargo de ministro da Coordenação Política na
frustrada reforma ministerial, Jucá precisa se explicar porque "não
é possível que continuem pairando suspeitas sobre ele".
"É incompatível com a condição de ministro da Previdência alguém sob suspeita", declarou.
"Ele [Jucá] precisa esclarecer
melhor o que está publicado [pelos jornais] e o que está por ser
publicado", afirmou o deputado.
João Paulo não explicou se tinha
informações de que novas denúncias surgirão.
A Folha revelou que Jucá ofereceu como garantias de um empréstimo à Frangonorte (empresa
situada em Boa Vista, RR) sete fazendas que só existem no papel.
O ministro disse que a responsabilidade no caso é de seu ex-sócio e que o Basa (Banco da Amazônia) é que deveria ter confirmado a existência das fazendas oferecidas como garantia.
O ministro reconhece que se
sente "desconfortável" por ser alvo de denúncias, mas "tem a determinação do presidente da República" para cuidar dos assuntos
relativos à Previdência. "Quem
estiver achando que vai me tirar
do rumo com qualquer acusação
leviana, está redondamente enganado", disse Jucá.
João Paulo disse que o governo
e o PMDB deveriam defender o
ministro com mais afinco. "Todos que têm segurança na indicação [de Jucá] têm de ajudar na sua
defesa", afirmou.
(FÁBIO ZANINI)
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