São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2005

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"Jucá precisa esclarecer melhor o que está publicado", diz João Paulo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), pré-candidato ao governo de São Paulo em 2006, tornou-se ontem o primeiro representante do alto clero petista a mostrar desconforto com as denúncias contra o ministro da Previdência, Romero Jucá.
De acordo com o ex-presidente da Câmara, que chegou a ser cotado para assumir o cargo de ministro da Coordenação Política na frustrada reforma ministerial, Jucá precisa se explicar porque "não é possível que continuem pairando suspeitas sobre ele".
"É incompatível com a condição de ministro da Previdência alguém sob suspeita", declarou.
"Ele [Jucá] precisa esclarecer melhor o que está publicado [pelos jornais] e o que está por ser publicado", afirmou o deputado. João Paulo não explicou se tinha informações de que novas denúncias surgirão.
A Folha revelou que Jucá ofereceu como garantias de um empréstimo à Frangonorte (empresa situada em Boa Vista, RR) sete fazendas que só existem no papel.
O ministro disse que a responsabilidade no caso é de seu ex-sócio e que o Basa (Banco da Amazônia) é que deveria ter confirmado a existência das fazendas oferecidas como garantia.
O ministro reconhece que se sente "desconfortável" por ser alvo de denúncias, mas "tem a determinação do presidente da República" para cuidar dos assuntos relativos à Previdência. "Quem estiver achando que vai me tirar do rumo com qualquer acusação leviana, está redondamente enganado", disse Jucá.
João Paulo disse que o governo e o PMDB deveriam defender o ministro com mais afinco. "Todos que têm segurança na indicação [de Jucá] têm de ajudar na sua defesa", afirmou.
(FÁBIO ZANINI)

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