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São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2003

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PAINEL

Sem tempo para respirar
A tática de Lula e do PT de usar a opinião pública para pressionar parlamentares a aprovar logo as reformas continua. Hoje, João Paulo (Câmara) fará pronunciamento em cadeia de rádio e TV na defesa dos projetos.

Canetas unidas
Seguindo a orientação de Lula, governadores do PSB se reunirão hoje com a bancada de deputados para exigir apoio integral às reformas enviadas pelo Planalto ao Congresso.

Vacina antidissidente
As tendências de esquerda do PT na Câmara pretendiam se reunir hoje para decidir as emendas que iriam apresentar às reformas. Mas, após a decisão dos líderes partidários de só aceitar emendas de bancada, e não individuais, o objetivo será tentar encontrar uma maneira de propor as alterações.

Pelas beiradas
PSDB e PFL ameaçam obstruir as reformas caso o Planalto continue a "cooptar" parlamentares da oposição. Os partidos enxergaram o "dedo" do governo na rebelião de tucanos, que declararam independência, e na nova leva de filiações ao PTB.

Caminho livre
O Planalto criou uma força-tarefa sob o comando de Waldir Pires (Controladoria) para dar prosseguimento à investigação sobre suposto esquema de envio ilegal de dinheiro aos EUA pelo Banestado. Quis reduzir a influência da cúpula da PF, que é ligada ao PFL, na apuração.

Adversário dos sonhos
Marta e o PT-SP torcem para que Maluf dispute a eleição paulistana, dividindo a oposição.

Pressão política
Na PF do Rio, circulam rumores de que não vai durar mais um mês nos cargos a equipe encarregada da investigação sobre os fiscais e auditores suspeitos de possuir contas na Suíça. Tem muita gente achando que ela está indo longe demais.

Não dá para esperar
Alckmin pediu à Assembléia de SP que retome projeto que reduz a alíquota do ICMS do álcool combustível de 25% para 12%. O governo estima que SP perde cerca de R$ 100 mi por ano com a guerra fiscal e não dá para ficar esperando a aprovação da reforma tributária.

Aumentar a receita
O governador de SP avalia que a reforma tributária será aprovada apenas no fim do ano. Com a redução da alíquota, Alckmin espera acabar com um esquema pelo qual produtores emitem nota fiscal de outros Estados como se o álcool não tivesse sido produzido em SP.

Boa notícia
Reiko Niimi, representante do Unicef no Brasil, divulgou em Maceió que a taxa de mortalidade infantil em Alagoas caiu de 66,8 por mil nascidos vivos para 36,4. O número é menor do que a média do Nordeste, que beira os 40 por mil nascimentos.

Visitas à Folha
Flamarion Portela, governador de Roraima, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Weber Negreiro Junior, secretário de Comunicação, Fábio Lucas, presidente do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos, Idelmar Silva, sócio-diretor da Serviços e Consultoria em Previdência, Sineval Martins Rodrigues, gerente de projetos da FDC Desenvolvimento de Executivos e Empresas, de Marcos Antônio Rios da Nóbrega, auditor do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, do tenente-coronel Cordovil, ajudante-de-ordens do governador, e de Eduardo de Alcântara Machado, diretor da Point Comunicação e Marketing Ltda.
 
O ministro Humberto Costa (saúde), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Laércio Portela Delgado, assessor especial de comunicação social.

TIROTEIO

De Yeda Crusius (PSDB), sobre Sarney dizer que o governo Lula começa bem por enviar ao Congresso, em menos de quatro meses, os projetos de reformas:
- Se o critério é medir a eficiência do governo pelos prazos de entrega de propostas ao Congresso, FHC foi melhor. Enviou a reforma da Previdência em 17 de março de 95, com dois meses e meio de mandato.

CONTRAPONTO

Questão de tradição

Há duas semanas, Roberto Rodrigues (Agricultura) foi à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado falar sobre as mudanças em sua pasta. A reunião começou por volta das 10h e se estendeu mais do que o esperado.
Mais de quatro horas depois, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) assumiu, por alguns momentos, a presidência da comissão. Já passava das 14h e os senadores estavam visivelmente cansados.
Alves Filho recebeu, então, um bilhete de assessores do ministro com a seguinte mensagem:
- Senador, não se preocupe, o seu almoço está sendo providenciado. Pedimos uma pizza.
Ao fim da reunião da comissão, Alves Filho se encontrou com Ramez Tebet, que preside a CAE, e brincou:
- Ainda bem que isso não é uma CPI. Senão iam dizer que aqui tudo acaba em pizza!


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