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RELAÇÕES EXTERIORES
Presidente da Índia elogia papel desempenhado pelo Mercosul na América Latina, durante visita de seis dias ao país
Narayanan quer Brasil em conselho da ONU
da Sucursal de Brasília
O presidente da Índia, Kocheril
Raman Narayanan, afirmou que
seu país e o Brasil devem ser membros permanentes do Conselho de
Segurança da ONU (Organização
das Nações Unidas)."(Ambos)
possuem capacidade de cumprir
as responsabilidades de membro
permanente no conselho", disse.
O governo brasileiro defende a
ampliação do conselho para que
sejam abertas mais cinco vagas
permanentes. Atualmente, França, Rússia, Reino Unido, China e
EUA ocupam vagas permanentes.
No mês passado, o primeiro-ministro de Cabo Verde (Oeste da
África), Carlos Veiga, também
apoiou a candidatura do Brasil.
Narayanan anunciou anteontem
seu apoio após o jantar que o presidente Fernando Henrique ofereceu à comitiva da Índia, no Palácio
do Itamaraty (sede do Ministério
das Relações Exteriores).
O presidente da Índia elogiou o
papel desempenhado pelo Mercosul (bloco econômico que reúne
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Narayanan afirmou ainda
que Brasil e Índia devem estreitar
relações. Para ele, existe "uma ligação lógica e natural" entre os
sistemas de cooperação regional
na América Latina e Ásia.
FHC retribuiu a afirmação dizendo que os dois países devem
trabalhar conjuntamente em vários setores. Segundo ele, na defesa dos direitos humanos e do meio
ambiente e no combate ao narcotráfico.
Narayanan lembrou que FHC foi
à Índia em 1996 e que, no ano passado, a primeira-dama Ruth Cardoso visitou o país. "Foi um marco no encontro entre dois países
significativos dos continentes da
Ásia e da América do Sul", disse
ele.
Narayanan afirmou que o
"mundo se beneficiaria muito" se
os pensadores da Índia e do Brasil
pudessem unir seus esforços na
tentativa de resolver as questões
críticas atuais.
Narayanan ficará seis dias no
Brasil. Ele conheceu Manaus, foi a
uma tradicional feira de gado zebu
em Uberaba (MG) e ainda visitará
o Rio de Janeiro e São Paulo. Apenas dois acordos de intercâmbio
nas áreas de saúde e diplomática
foram firmados.
(RENATA GIRALDI)
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