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RUMO ÀS ELEIÇÕES
PFL decide que filiado apóia quem quiser
RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os 3,5 milhões de filiados do
PFL espalhados pelo país estão
autorizados pela Comissão Executiva Nacional do partido a
apoiar individualmente o candidato à Presidência de sua preferência, independentemente da
coligação que o respectivo diretório fizer para as eleições estaduais.
"Liberou geral", definiu o presidente nacional do PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC),
após reunião em que a Executiva
também homologou a decisão de
o partido não lançar candidato
próprio a presidente nem participar de nenhuma coligação para as
eleições presidenciais deste ano.
Dessa forma, os diretórios estaduais ficam livres para fazer diferentes coligações, segundo conveniências locais. Se formalizasse
apoio a um dos presidenciáveis,
as alianças estaduais ficariam restritas ao acordo nacional, por causa da verticalização imposta pelo
TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O objetivo do PFL é eleger o
maior número de governadores,
deputados e senadores. A Executiva decidiu estimular o lançamento de candidaturas próprias
aos governos estaduais e manter
internamente a candidatura nata
-o direito de os atuais detentores de mandatos de deputado e
senador disputarem a reeleição,
derrubado pelo TSE.
Segundo Bornhausen, a resolução garantindo ""plena liberdade"
a cada filiado para apoiar qualquer presidenciável dificulta a
previsão sobre quem terá mais
votos pefelistas, se José Serra
(PSDB) ou Ciro Gomes (PPS).
Levantamento da Executiva havia apontado a tendência de 16 diretórios estaduais apoiarem Ciro
e 11, Serra. Agora, eles têm de disputar a preferência dos 3,5 milhões de filiados, candidatos a
mandato eletivo ou não. "A matemática do partido mudou. Em vez
dos 27 diretórios estaduais, ela
passa a ser o número de filiados",
afirmou Bornhausen.
A medida é "preventiva", segundo o secretário-executivo do
PFL, Saulo Queiroz, para evitar
que diretórios imponham aos filiados um candidato a presidente.
O "liberou geral" não agradou a
todos. Pelo menos o diretório do
PFL no Rio, que se uniu ao PSDB
e ao PMDB em coligação para eleger Solange Amaral (PFL) governadora, pretende exigir dos filiados apoio a Serra. Os pefelistas
que aderirem a outra candidatura
presidencial serão vetados nos
programas eleitorais da TV. ""O
candidato que não seguir a orientação de cima a baixo não aparecerá na televisão", disse o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ).
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