São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2005

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Genoino nega mesada e promete processo

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

O presidente do PT, José Genoino, negou ontem a existência do "mensalão". Em nota, Genoino disse que o PT recebeu as declarações de Jefferson com "surpresa e indignação", e que as afirmações feitas à Folha "não têm o mínimo fundamento na realidade".
Em entrevista coletiva na sede do PT, em São Paulo, Genoino disse que "o PT não está em um mar de lama. Nem o PT nem o governo nem os aliados que apóiam o governo Lula. Nós estamos com boas relações com grande parte do PTB, dos dirigentes, dos deputados. Essa relação com o PTB sempre foi uma relação política de alto nível e essa discussão [sobre a eventual saída do PTB da base] não está posta para o PT".
Mesmo com o novo ingrediente da crise lançado por Jefferson, Genoino manteve a posição de que não há necessidade de CPI para apurar denúncias de corrupção. "A Câmara tem instrumentos para isso [investigar corrupção], o governo tem instrumentos para isso, através da polícia e do Ministério Público", disse ele, para quem a CPI é "agenda da oposição para atacar o governo".
Genoino não fez defesas pessoais de dirigentes do partido -disse que a posição deles está na nota. "Nunca houve esse tipo de reunião, este tipo de conversa, esse tipo de tratativa. Todas as nossas conversas com todos os dirigentes do partido [PTB] foram políticas, de alianças políticas."
O presidente do PT disse ainda que o partido pode entrar na Justiça contra Jefferson para se defender. "Estamos fazendo a defesa política, estamos fazendo a defesa nas investigações e, se for necessário, vamos até a Justiça, até porque ele [Jefferson] cita não só o PT, como vários outros partidos." Segundo ele, "não vamos confundir o conjunto da bancada do PTB com essa atitude do deputado Roberto Jefferson. Vamos separar o joio do trigo", disse Genoino.
Questionado sobre o fato de integrantes do governo já terem ouvido conversas sobre o suposto "mensalão", afirmou: "Se o assunto foi comentado,o governo tomou as providências". (CONRADO CORSALETTE E THIAGO GUIMARÃES)


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