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Para Renan, investigação é necessária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), afirmou
que é totalmente descabida qualquer tentativa de retardar investigações de denúncias de corrupção. "Agora mais do que nunca,
depois das denúncias do Roberto
Jefferson [em entrevista ontem na
Folha], acho totalmente descabido não ter investigação", afirmou.
"Nunca tinha ouvido falar disso. É uma denúncia muito grave,
grotesca e absurda. Precisa ser investigada e, se necessário, exemplarmente punida", completou.
Segundo ele, o suposto esquema
de mesadas pode, com acordo de
líderes, ser investigado na CPI dos
Correios. Renan, porém, se dispôs a instalar outra CPI se houver
novo requerimento. "Não posso
permitir que maus parlamentares
contaminem a instituição", disse.
Está marcada para amanhã a
reunião de líderes para a indicação dos integrantes dessa CPI
-Renan vem sofrendo pressões
da oposição para fazer as indicações rapidamente e de governistas para dar fôlego à operação de
abafar o caso. "Não vou fazer jogo
político de nenhum lado", disse.
Levantamento da liberação de
verbas para as emendas parlamentares ao Orçamento da União
mostra que as apresentadas por
Renan tiveram, de 20 de maio até
anteontem, liberação equivalente
a 9,6 vezes o montante médio pago aos deputados nesse período.
Os dados são do Siafi (sistema
de acompanhamento dos gastos
federais) e foram coletados pelo
PFL na Câmara. Foram pagos R$
877 mil para as emendas feitas por
Renan aos orçamentos de 2002,
2003 e 2004 e que estavam na categoria "restos a pagar". Após a divulgação dos dados, a Folha não
conseguiu falar com Renan.
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