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Petebistas agora querem retirar o
deputado da presidência do partido
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os principais líderes do PTB
que integravam a linha de frente
da defesa de Roberto Jefferson decidiram ontem retirar-lhe o apoio
e negociavam uma forma de destituí-lo da presidência do partido.
Sob o argumento de que foram
pegos de surpresa pela publicação
de uma entrevista sobre a qual nenhum deles teria sido avisado, petebistas avaliavam que o partido
sofreu um golpe -um deles chegou a dizer que "o PTB acabou"
-e que uma possível reação só
seria possível sem Jefferson.
Fernando Bezerra (PTB-RN), líder do governo no Congresso,
chegou a Brasília pouco depois
das 17h já defendendo abertamente o afastamento. "Ele é o responsável pelos atos dele e não pode ter falado como presidente do
partido", disse Bezerra. "Ele tem
de compreender que deve passar
a presidência do partido, e que se
apure todos os fatos, não apenas o
que ele denuncia, mas os fatos dos
quais ele é denunciado", disse.
Sempre falando de forma reservada, os petebistas ouvidos pela
reportagem negavam conhecer
ou ter participado dos fatos relatados por Jefferson à Folha.
A afirmação ouvida pela reportagem por líderes do partido de
Jefferson foi que o presidente da
legenda não avisou a nenhum deles que daria a entrevista à Folha
nem sobre o quê falaria. Até as 17h
de ontem, eles não teriam ainda
conseguido falar com Jefferson.
Antes da entrevista à Folha, o
presidente do PTB contava com
sólido apoio na cúpula de seu partido, apesar de alguns integrantes
do PTB já terem defendido o seu
afastamento da presidência.
Os petebistas aguardavam até o
final da tarde a chegada a Brasília
dos integrantes da cúpula e possivelmente se reuniriam a revelia de
Jefferson, já que ele não se dispunha a dar as explicações que os
correligionários cobravam.
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