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Presidente da BR é indicado para a presidência do PT
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao ser lançado ontem candidato à presidência do PT pela
maior corrente do partido - a
Construindo um Novo Brasil -
o presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, deixou evidente qual será uma de
suas principais missões se for
eleito: subordinar o partido nos
Estados à costura de uma aliança em torno da candidatura da
ministra Dilma Rousseff (Casa
Civil) ao Planalto.
Após a reunião, Dutra reproduziu o discurso recorrente nos
dois dias do encontro: "a lógica
nos Estados não pode se sobrepor à aliança nacional".
"O foco do PT é garantir o
terceiro mandato com a Dilma.
E, para isso, são necessárias as
alianças", disse Dutra, que presidiu a Petrobras entre 2003 e
2005, quando Dilma era ministra de Minas e Energia.
Tanto Dutra como o atual
presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), defendem
a construção de amplo arco de
apoio a Dilma, ainda que o PT
seja sacrificado nos Estados.
Um caso concreto é o Rio de Janeiro. Ambos afirmam que lá o
partido deve manter o acordo
com o PMDB.
O nome de Dutra nasceu como alternativa ao do chefe de
gabinete do presidente Lula,
Gilberto Carvalho. Lançado
por boa parte do PT, Carvalho
contaria com a adesão de pelo
menos três outras correntes do
PT, como a Mensagem, do ministro Tarso Genro (Justiça).
A disputa interna é vista como inevitável. Mesmo na CNB,
a avaliação é que Dutra não tem
tanta musculatura e, por isso,
pode enfrentar um candidato
da Mensagem na eleição. Por
isso, a CNB apresentou sua pré-candidatura às demais alas, em
vez de lançá-lo de uma vez.
A intenção é também submetê-lo às bases da CNB, já que até
sexta-feira Carvalho era o candidato da corrente. Apesar do
gesto, Berzoini considera difícil
uma substituição.
(CATIA SEABRA e JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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