São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2007

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Advogado volta a acusar Renan em depoimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado Bruno de Miranda Lins disse ontem à Polícia Federal que mantém o teor das declarações dadas um ano atrás à Polícia Civil do DF, quando citou os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) como beneficiários de um suposto esquema de desvio e lavagem de dinheiro público que seria operado por seu ex-sogro, o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho.
O advogado José Rossini Corrêa, que defende Bruno, disse, no entanto, que seu cliente não tem provas contra Renan e Jucá. Segundo ele, Bruno contou apenas o que ouviu de seu ex-sogro. Ele ressaltou que Bruno se comprometeu a fazer um levantamento de tudo que pudesse servir como prova. Segundo a Folha apurou, autoridades que acompanharam o depoimento consideraram bom o teor das declarações e que, mesmo sem provas, complica a situação de Renan.
No depoimento à polícia do DF, Bruno afirmou que seu ex-sogro era "homem de confiança" de Renan e que os dois se associaram para desviar dinheiro de um empreendimento que seria financiado pelo fundo de pensão Postalis (dos Correios) -o investimento chegou a ser planejado, mas não saiu do papel.
Ontem, Bruno disse que seu ex-sogro se apresentava como tal. "Ele desconhece, não tem provas e não quer cometer nenhuma aleivosia nesse sentido. Então entregou os fatos à Polícia Federal", disse o advogado de Bruno, em relação a Renan.
Bruno confirmou, contudo, que levou a Carlos Bezerra R$ 150 mil que havia sacado no BMG por ordem de seu sogro.
Os senadores Renan e Jucá, assim como o banco BMG e o deputado Bezerra, negam as acusações.
Bruno foi casado com a filha de Luiz Carlos, Flávia Garcia, assessora parlamentar de Renan, que foi padrinho de casamento dos dois.


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