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Advogado volta a acusar Renan em depoimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado Bruno de
Miranda Lins disse ontem
à Polícia Federal que mantém o teor das declarações
dadas um ano atrás à Polícia Civil do DF, quando citou os senadores Renan
Calheiros e Romero Jucá
(PMDB-RR) e o deputado
Carlos Bezerra (PMDB-MT) como beneficiários
de um suposto esquema
de desvio e lavagem de dinheiro público que seria
operado por seu ex-sogro,
o empresário Luiz Carlos
Garcia Coelho.
O advogado José Rossini Corrêa, que defende
Bruno, disse, no entanto,
que seu cliente não tem
provas contra Renan e Jucá. Segundo ele, Bruno
contou apenas o que ouviu
de seu ex-sogro. Ele ressaltou que Bruno se comprometeu a fazer um levantamento de tudo que pudesse servir como prova. Segundo a Folha apurou, autoridades que acompanharam o depoimento
consideraram bom o teor
das declarações e que,
mesmo sem provas, complica a situação de Renan.
No depoimento à polícia
do DF, Bruno afirmou que
seu ex-sogro era "homem
de confiança" de Renan e
que os dois se associaram
para desviar dinheiro de
um empreendimento que
seria financiado pelo fundo de pensão Postalis (dos
Correios) -o investimento chegou a ser planejado,
mas não saiu do papel.
Ontem, Bruno disse que
seu ex-sogro se apresentava como tal. "Ele desconhece, não tem provas e
não quer cometer nenhuma aleivosia nesse sentido. Então entregou os fatos à Polícia Federal", disse o advogado de Bruno,
em relação a Renan.
Bruno confirmou, contudo, que levou a Carlos
Bezerra R$ 150 mil que
havia sacado no BMG por
ordem de seu sogro.
Os senadores Renan e
Jucá, assim como o banco
BMG e o deputado Bezerra, negam as acusações.
Bruno foi casado com a
filha de Luiz Carlos, Flávia
Garcia, assessora parlamentar de Renan, que foi
padrinho de casamento
dos dois.
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