São Paulo, segunda-feira, 07 de outubro de 2002

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Petista enfrenta bronca de eleitora e choro da filha

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato petista José Genoino enfrentou uma votação conturbada ontem em uma escola do Butantã, na zona oeste, por causa dos protestos de uma eleitora dele.
Vestida de camiseta vermelha, a mulher, que disse se chamar Margarete, passou a gritar na fila de votação quando Genoino foi orientado a passar na frente dos eleitores para votar. "Que democracia é essa? Ele tem que esperar como todo mundo. É um absurdo, não pode furar", afirmou.
A orientação ao candidato petista havia sido dada pelo juiz eleitoral Israel Goes dos Anjos, depois de ele se posicionar no final da fila. Anjos queria evitar a situação tumultuada na escola por causa da presença da imprensa.
A reação da eleitora foi até elogiada por Genoino após a votação, mas causou protestos da prefeita Marta Suplicy, com quem trocou agressões verbais. Marta disse que ela devia ser "malufista". Margarete chamou a prefeita de "louca", "maluca", e não aceitou um pedido de desculpas.
"Só voto no Genoino. No resto do PT eu não voto", afirmou. Ela foi convencida a permitir a passagem de Genoino pelo senador Eduardo Suplicy.
"O juiz é que me tirou da fila, que é uma instituição democrática e republicana. Acho que ela fez certo, está no direito dela. O cidadão tem que reivindicar seus direitos e protestar", disse Genoino.
Na mesma escola do Butantã, onde ficou das 10h55 às 11h45, Genoino também passou por um desencontro familiar. O candidato havia acertado com seus filhos Miruna, 21, e Ronam, 18, que os esperaria para votar. Mas, como os dois não estavam lá na hora em que chegou, ele votou acompanhado apenas da mulher.
Ao sair da escola, encontrou com os dois filhos, que, de acordo com assessores, estavam chateados. A filha chegou a chorar, mas não quis falar com a imprensa.
Depois de enfrentar os protestos de uma eleitora, Genoino também se deparou com as vaias à prefeita Marta Suplicy na escola de votação dela. Ele chegou a se irritar com um dos mesários, Carlos Renato Camargo, que, segundo assessores do PT, teria incitado a manifestação contra Marta. (AI)


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