DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUIZ DE FORA

Aécio Neves já articula o apoio dos governadores eleitos do PSDB ao próximo presidente da República. O tucano mineiro quer que os seus companheiros de partido que forem eleitos ou reeleitos participem com ele de um projeto que, conforme disse, buscará garantir a governabilidade do país.
O tucano mineiro disse que não se intitula líder nesse processo, mas afirmou que tal movimento é necessário mesmo se o presidente eleito for Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -mas reafirmou sua torcida por José Serra (PSDB), para quem disse que estará em campanha se houver segundo turno.
Para isso, Aécio disse já ter "sondado" os governadores tucanos Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), que buscam a reeleição.
"Eu não tenho pretensão de me autoproclamar líder de absolutamente nada, mas eu pretendo colocar a presença do governo de Minas à disposição do próximo presidente da República na construção da governabilidade."
Ele acrescentou: "Essa é a nossa responsabilidade de homens públicos e até de governadores, que precisamos ter o país sereno, voltando a crescer e atraindo investimentos. Nós todos somos dependentes disso também".
Aécio afirmou que "talvez nos próximos dois dias" terá um encontro com o senador eleito e ex-governador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que ele disse ter "um papel político importante".
Na semana passada, Tasso disse que o governador eleito de Minas passa a ser o principal destaque no PSDB nacional.
Sobre isso, o mineiro disse: "Naturalmente, o peso do governo de Minas é importante dentro ou fora do partido. Eu pretendo que o PSDB tenha posição, não de participar do governo, mas certamente outros governadores estarão engajados nessa proposta de governabilidade, e não só os do PSDB".
Aécio disse que é preciso evitar o que ele chama de "terceiro turno" da eleição ou "ressaca eleitoral". Ou seja, evitar problemas políticos na eventualidade de o próximo presidente ser Lula. (PP)


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