São Paulo, segunda-feira, 07 de outubro de 2002

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RIO DE JANEIRO

Em caso de 2º turno, Rosinha espera apoio do PMDB; PT quer frente contra o populismo

Eleição será definida na última hora

DA SUCURSAL DO RIO

A eleição para governador do Rio estava indefinida até a 1h30 de hoje. Na pesquisa de boca-de-urna feita pelo Ibope, o resultado também foi indefinido. Com margem de erro de dois pontos percentuais, a pesquisa mostrava Rosinha Garotinho (PSB) com 49% dos votos válidos; Benedita com 22%; Jorge Roberto Silveira (PDT), com 15%; e Solange Amaral (PFL), com 12%.
Rosinha, mulher do ex-governador Anthony Garotinho, que disputou a eleição presidencial, concentrou seus esforços para ganhar no primeiro turno e essa hipótese era possível em todas as pesquisas realizadas até sábado. Ontem à noite, durante a apuração, ela não quis fazer nenhum prognóstico. Benedita também disse que só falaria quando a apuração estivesse encerrada.
Às 2h30, com 53% dos votos apurados, Rosinha tinha 47,51%, e Benedita, 26,69%. Mas Rosinha apresentava tendência de crescimento à medida que eram totalizadas as urnas da Baixada Fluminense.
Na hipótese de haver segundo turno, assessores de Rosinha avaliam que ela terá pelo menos o apoio do PMDB, liderado pelo ex-governador Wellington Moreira Franco, que participou do bloco de apoio da candidata Solange Amaral (PFL).
O secretário de Educação do Estado, William Campos, um dos coordenadores da campanha de Benedita da Silva, disse à Folha que, se houvesse segundo turno, a idéia era formar uma "frente contra o populismo", com o apoio do PDT, do candidato derrotado Jorge Roberto Silveira e até com a participação do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL).
Maia foi o grande derrotado do primeiro turno da eleição para governador do Rio. Sem sucesso, ele jogou todo seu peso na candidatura de Solange Amaral (PFL), a menos votada entre os quatro principais candidatos, segundo os votos apurados até as 2h30.
Rosinha Matheus votou pela manhã em uma escola do município de Campos (278 km ao norte do Rio). Ela estava acompanhada do marido, Anthony Garotinho, e de parte dos nove filhos do casal. Clara, de oito anos, digitou os votos da mãe na urna eletrônica.
O voto de Benedita da Silva foi afetado pelo grande número de urnas defeituosas ou com problemas no Estado. Ela tinha programado votar às 9h, no Leme (zona sul do Rio), mas só apareceu às 10h20, após ser informada por assessores que duas urnas apresentaram problemas na sua seção.
Depois da votação, Benedita saiu em carreata pela cidade. Foi recebida com aplausos no Flamengo, na zona sul, e com gritos de "Rosinha", em Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Em Campo Grande (zona oeste), o presidente nacional do PT, José Dirceu, se incorporou à carreata da candidata. Dirceu e Benedita seguiram em carro aberto pelas ruas da zona oeste.
Dirceu disse que foi ao Rio a pedido do candidato à Presidência do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. "Estamos confiantes de que Benedita vai para o segundo turno."


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