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PARANÁ
Requião e Dias já começam articulação
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O pleito de ontem confirmou o
adiamento da escolha do futuro
governador do Paraná para o segundo turno, tendência apontada
nas pesquisas.
Os senadores Alvaro Dias
(PDT), 57, e Roberto Requião
(PMDB), 61, os dois mais votados,
começam hoje as articulações
com partidos de candidatos derrotados para o tira-teima das urnas de 27 de outubro.
O clima de confronto de dois ex-aliados, que já governaram o Estado, começou na manhã de ontem, em Curitiba. Enquanto esperava na fila para votar -a urna da
seção em que Requião vota não
funcionou e precisou ser trocada-, o senador do PMDB deu o
primeiro sinal do tom da campanha.
"Será o confronto da folha corrida do Alvaro contra o meu currículo", disse o peemedebista.
"Será o currículo contra o prontuário dele", devolveu o pedetista,
quando acompanhou a mulher,
Débora, para votar. Ele votou em
Londrina.
Os ataques e contra-ataques foram se renovando até a noite, em
entrevistas a emissoras de rádio.
Com Lula
Os dois concorrentes do Paraná
apostam no apoio do petista Luiz
Inácio Lula da Silva no segundo
turno.
Segundo Requião, atrair o PT
"seria uma conclusão razoável".
Ele abriu apoio a Lula no final da
campanha de rádio e TV. PMDB e
PT do Paraná estiveram juntos na
eleição de 1998, quando Requião
foi derrotado pelo governador
Jaime Lerner (PFL).
Alvaro, que votou em Ciro Gomes (PPS), disse que seguiria a
orientação do PDT nacional
-também pró-Lula-, caso o resultado da disputa presidencial
confirmasse as pesquisas de boca
de urna. "Havendo segundo turno, não creio que o PT faça uma
opção oficial no Paraná", disse.
O pedetista dispensou o apoio
de Lerner. "Nos colocamos como
oposição desde o princípio e seria
incoerente agora pleitear o apoio
(de Lerner)".
Requião também descartou
conversa com o governador e disse que o prefere do lado de Alvaro.
Ontem o governador não quis
adiantar a posição do grupo que
comanda. Na eleição passada,
Lerner fechou acordo branco com
Alvaro. O PFL não lançou candidato ao Senado e o PSDB (então
partido de Alvaro) não disputou o
governo.
O prefeito de Curitiba, Cassio
Taniguchi (PFL), disse que o mais
provável é que o partido siga rachado, "da mesma forma que se
comportou no primeiro turno".
Alvaro coloca toda a expectativa
no PSDB, partido que comandou
no Estado por seis anos, até deixar
a sigla, ano passado.
O pedetista disse esperar que
pelo menos dois terços dos tucanos o sigam no segundo turno. "O
PSDB foi estruturado na oposição
ao governo estadual e é natural
que nos apóie no segundo turno",
disse.
Requião também aposta em
apoio do PSDB, ou de "uma parte
dele". A atual cúpula tucana só
voltou ao partido com o afastamento de Alvaro.
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