|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DISTRITO FEDERAL
Peemedebista, que liderava pesquisas, teve queda após denúncia de casos de grilagem
Roriz e Magela devem disputar 2º turno
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da indefinição e do atraso no início da contagem dos votos, a apuração no Distrito Federal indicava ontem que seria necessário um segundo turno entre
o atual governador, Joaquim Roriz (PMDB), e o candidato do PT,
Geraldo Magela.
Até a 1h30, com 56,3% das urnas apuradas, o petista estava na
frente, com 42,9%, seguido do governador Joaquim Roriz
(PMDB), com 39,9%, e de Rodrigo Rollemberg (PSB), com 7,6%.
A explicação para Magela estar
na frente é que não tinham sido
abertas urnas de cidades-satélites,
redutos de Roriz. Até as 23h50, os
eleitores ainda estavam votando
em Ceilândia, Brazlândia e Planaltina. A previsão era de que, até
as 3h, 90% dos votos estivessem
apurados.
A possibilidade de ocorrer um
segundo turno era desconsiderada pelo governo e por parte da
oposição até há pouco tempo. O
governador Joaquim Roriz
(PMDB), candidato à reeleição e
em primeiro nas pesquisas, teve
uma queda devido a denúncias de
envolvimento em grilagem.
Para Magela, num segundo turno entre PMDB e PT, o Distrito
Federal será dividido ao meio e os
candidatos que fazem oposição a
Roriz deverão se unir.
Quando chegou ao local de votação, uma escola pública de Samambaia, cidade-satélite de baixa
renda, Roriz disse que confiava na
vitória no primeiro turno. "Eu
não gosto de ganhar pulverizado.
Gosto de ganhar de todos juntos.
É o que vai acontecer." Roriz furou a fila, o que causou reclamação de eleitores que estavam havia
horas esperando para votar.
O eleitor do DF gastou em média dois minutos para votar, mas
alguns chegaram a levar 30 minutos. Além do atraso dos eleitores,
149 urnas apresentaram defeito e
37 tiveram de ser substituídas pelo processo manual.
Roriz ficou acima da média:
gastou cinco minutos para votar e
pediu auxílio ao mesário da seção
para concluir seu voto. Roriz se
esqueceu de apertar a tecla "confirma" para imprimir o voto. Disse que demorou a votar porque
estava em dúvida quanto ao candidato a deputado distrital, que
escolheu em cima da hora.
Por ordem do promotor eleitoral Bernardino Urbano, um outdoor ambulante com propaganda
de Roriz foi retirado da frente da
escola em que o candidato votou.
Magela gastou 25 segundos para
votar na seção 74 de uma escola
pública na Asa Norte, bairro de
classe média de Brasília. Ele chegou às 10h45, acompanhado de
sua mulher, Socorro Aquino, dos
candidatos ao Senado Cristovam
Buarque (PT) e Fredo Ebling (PC
do B) e de sua vice, Katea Puttini.
O PT informou que vai pedir
hoje impugnação de algumas urnas de seções onde os eleitores
puderam entrar após o encerramento da votação, quando a distribuição de senhas já havia acabado.
(LUIZA DAMÉ, RAQUEL ULHÔA e SANDRO LIMA)
Texto Anterior: Tocantins: Pefelista lidera e pode ser eleito no 1º turno Próximo Texto: Sobrinhos do governador são detidos na PF Índice
|