São Paulo, segunda-feira, 07 de outubro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DISTRITO FEDERAL

Peemedebista, que liderava pesquisas, teve queda após denúncia de casos de grilagem

Roriz e Magela devem disputar 2º turno

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar da indefinição e do atraso no início da contagem dos votos, a apuração no Distrito Federal indicava ontem que seria necessário um segundo turno entre o atual governador, Joaquim Roriz (PMDB), e o candidato do PT, Geraldo Magela.
Até a 1h30, com 56,3% das urnas apuradas, o petista estava na frente, com 42,9%, seguido do governador Joaquim Roriz (PMDB), com 39,9%, e de Rodrigo Rollemberg (PSB), com 7,6%.
A explicação para Magela estar na frente é que não tinham sido abertas urnas de cidades-satélites, redutos de Roriz. Até as 23h50, os eleitores ainda estavam votando em Ceilândia, Brazlândia e Planaltina. A previsão era de que, até as 3h, 90% dos votos estivessem apurados.
A possibilidade de ocorrer um segundo turno era desconsiderada pelo governo e por parte da oposição até há pouco tempo. O governador Joaquim Roriz (PMDB), candidato à reeleição e em primeiro nas pesquisas, teve uma queda devido a denúncias de envolvimento em grilagem.
Para Magela, num segundo turno entre PMDB e PT, o Distrito Federal será dividido ao meio e os candidatos que fazem oposição a Roriz deverão se unir.
Quando chegou ao local de votação, uma escola pública de Samambaia, cidade-satélite de baixa renda, Roriz disse que confiava na vitória no primeiro turno. "Eu não gosto de ganhar pulverizado. Gosto de ganhar de todos juntos. É o que vai acontecer." Roriz furou a fila, o que causou reclamação de eleitores que estavam havia horas esperando para votar.
O eleitor do DF gastou em média dois minutos para votar, mas alguns chegaram a levar 30 minutos. Além do atraso dos eleitores, 149 urnas apresentaram defeito e 37 tiveram de ser substituídas pelo processo manual.
Roriz ficou acima da média: gastou cinco minutos para votar e pediu auxílio ao mesário da seção para concluir seu voto. Roriz se esqueceu de apertar a tecla "confirma" para imprimir o voto. Disse que demorou a votar porque estava em dúvida quanto ao candidato a deputado distrital, que escolheu em cima da hora.
Por ordem do promotor eleitoral Bernardino Urbano, um outdoor ambulante com propaganda de Roriz foi retirado da frente da escola em que o candidato votou. Magela gastou 25 segundos para votar na seção 74 de uma escola pública na Asa Norte, bairro de classe média de Brasília. Ele chegou às 10h45, acompanhado de sua mulher, Socorro Aquino, dos candidatos ao Senado Cristovam Buarque (PT) e Fredo Ebling (PC do B) e de sua vice, Katea Puttini.
O PT informou que vai pedir hoje impugnação de algumas urnas de seções onde os eleitores puderam entrar após o encerramento da votação, quando a distribuição de senhas já havia acabado. (LUIZA DAMÉ, RAQUEL ULHÔA e SANDRO LIMA)


Texto Anterior: Tocantins: Pefelista lidera e pode ser eleito no 1º turno
Próximo Texto: Sobrinhos do governador são detidos na PF
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.