|
Texto Anterior | Índice
Aldeia no Amapá tem surto de coqueluche
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
A Funasa (Fundação Nacional
de Saúde) informou ontem que
350 índios da etnia galibi maruoro
estão infectados com coqueluche
em Oiapoque (580 km de Macapá). O surto atingiu a maior aldeia
do Estado, a Kumarumã, onde vivem cerca de 1.800 índios.
Eles tiveram a confirmação clínica da doença nesta semana. Foram realizados exames para obter
o atestado laboratorial. Resultados devem ser divulgados na próxima quinta. Técnicos da Funasa
detectaram o surto após a morte
de um bebê de dois meses, dia 26,
com os sintomas da doença (febre, mal-estar, coriza e tosse).
Segundo o órgão, antibióticos e
xaropes foram enviados ao local
em um avião, e outra remessa deve ser feita hoje. Não há doentes
mais graves. Desde terça-feira à
noite, não há novos casos.
A Funasa afirma que 85% da
população indígena do Amapá
(8.000 pessoas) está vacinada. Segundo o órgão, o que pode ter
ocorrido é, durante uma das etapas de vacinação, indígenas estarem na Guiana Francesa, cujo
acesso é livre. Para a Funasa, a
mobilidade dos habitantes teria
propiciado a transmissão.
A coqueluche é uma doença infecciosa, transmissível pelo contato direto, que ataca o aparelho
respiratório (brônquios e traquéia). Ela é causada pela bactéria
Bordetella pertussis.
O Brasil, que chegou a registrar
mais de 50 mil casos nos anos 80,
tem menos de 1.500 registros por
ano desde 1998. De 1995 a 2004, o
Amapá soma menos de 200 casos.
Texto Anterior: Questão indígena: Índios invadem empresa do ES de novo Índice
|