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Painel
Trombada inevitável
FHC teme que a briga por blocos na Câmara se misture com o
2º turno da reeleição (previsto
para 25 de fevereiro). Vacinado
com o que ocorreu nas eleições
para Câmara e Senado, o próprio
presidente pediu o adiamento da
formalização dos blocos.
Queda-de-braço
Exemplo do que está em jogo
na disputa por blocos na Câmara: o PFL quer indicar Aracely de
Paula (MG) para relator da Comissão do Orçamento. O PSDB
pensa em Yeda Crusius (RS). O
bloco maior levará vantagem.
Voz dissonante
Estimulada por Esperidião
Amin (SC) e Delfim Netto (SP), a
adesão do PPB a um bloco com o
PFL ou PMDB tem um adversário no partido: Francisco Dornelles (Indústria e Comércio).
Sonho tucano
Amigos de Serra dizem que ele
está dividido. Não sabe se batalha para voltar ao ministério. Ou
se trabalha para dirigir a Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado e disputar a sucessão de
ACM na presidência da Casa.
Chantagem partidária
No exercício da liderança do
PMDB, Geddel Vieira Lima (BA)
jura que a votação do 2º turno da
reeleição será ameaçada, caso o
partido perca espaço na Câmara.
Gafe ianque
A revista americana ``Time''
da semana passada errou três vezes ao noticiar a reeleição. Disse
que FHC disputará um terceiro
mandato de cinco anos e que a
eleição ocorrerá em 1999.
Negócio federal
O contrato de risco a ser assinado entre a Vale do Rio Doce e
o BNDES terá cerca de 109 áreas
de pesquisa na região de Carajás.
Nos próximos cinco anos, serão
investidos R$ 300 mi na área,
promissora em ouro e cobre.
Prova de fogo
De Genoino (PT), sobre Michel Temer, o novo presidente
da Câmara, ter divulgado a pauta de votação com antecedência:
``Por enquanto, foi só perfumaria. Quero ver isso com os projetos de interesse do governo''.
Análise de gestão
O Ministério da Saúde está firmando convênio com o CNPq
para estudar algumas experiências municipais de gestão da
Saúde por meio de cooperativas.
Clima pesado
Um cacique pefelista diz que
Pauderney Avelino (AM), que
quer deixar o PPB, não encontraria um bom ambiente no PFL.
Palanque reeleitoral
Executadas por meio do plano
``Brasil em Ação'', as obras de
saneamento completo de Porto
Seguro (BA) serão entregues no
dia 22 de abril. Para comemorar
o 497º aniversário da cidade. O
presidente deve estar presente.
Teto policial
O governador Covas e o ministro Kandir (Planejamento) acertaram ontem linha de crédito da
CEF para policiais paulistas adquirirem casa própria. Serão financiados 6.400 imóveis para a
PM e 3.600 para a Polícia Civil.
Segunda chance
O consórcio Projeta-Merrill
Lynch-Itaú deve ser reabilitado
para a licitação da penúltima fase da privatização da CPFL,
energética paulista. Havia sido
desclassificado por não ter entregue duas certidões no prazo.
Malucos beleza
Tucanos cariocas se animaram
com a destituição por suposta
incapacidade mental do presidente equatoriano, Abdalá Bucaram, que se auto-intitula ``El
Loco''. Vão usar o exemplo para
tentar vencer Cesar Maia em 98.
Ninguém tasca
Apesar dos insistentes pedidos
do Ministério da Aeronáutica,
Gilberto Miranda (PFL-AM) se
recusa a devolver os documentos secretos do Sivam, que estão
acondicionados em seis caixas
azuis de aço em seu gabinete.
Destinos cruzados
O tucano Ricardo Trípoli, que
deixa a presidência da Assembléia paulista, deve ir para o Tribunal de Contas do Estado. Ou
para a Casa Civil do governador
Mário Covas, caso seja Robson
Marinho o indicado para o TCE.
E-mail:±painel@uol.com.br
TIROTEIO
Do líder do PL na Câmara, Valdemar Costa Neto, sobre Serjão
(Comunicações) dizer que iria
``destruir'' Jaime Lerner:
- É um bufão. Ele prometeu
que ia atropelar o meu pai, prefeito da pequena Mogi das Cruzes (SP), e não conseguiu. Imagine o governador do Paraná.
CONTRAPONTO
Traição arrependida
No dia da votação da reeleição,
28 de janeiro, José Luiz Clerot
(PMDB-PB) visitou Ronaldo
Cunha Lima (PMDB-PB) em seu
apartamento, pela manhã. Queria reafirmar lealdade à posição
do senador, que instruíra sua
bancada a não votar a emenda.
No meio da tarde, um assessor
avisou Ronaldo:
- O Clerot está rodeando o
plenário, doido para votar.
O senador não deu muita importância à informação, mas logo depois soube que Clerot ligara
para Iris Resende (PMDB-GO)
pedindo para ser liberado, devido a pressões para votar. Iris pediu a Clerot que falasse diretamente com Cunha Lima.
Clerot não resistiu. Entrou no
plenário e disse sim à reeleição.
No dia seguinte, procurou Cunha Lima no plenário do Senado.
- Ronaldo, compreenda...
- Compreendo coisa alguma.
Você pode falar comigo de mulher, poesia, cinema e futebol.
Mas, por favor, não diga nada de
reeleição.
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