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São Paulo, sábado, 08 de fevereiro de 2003

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Governo quer mapear carências dos 1.000 municípios mais pobres

DA REPORTAGEM LOCAL

O programa Fome Zero poderá contar, dentro de quatro meses, com um mapeamento das carências materiais nos cerca de 1.000 municípios mais pobres.
A pesquisa será feita pelo IFC (International Finance Corporation), entidade ligada ao Banco Mundial e que estimula a participação do setor privado em projetos sociais de países em desenvolvimento. Não há ainda uma definição sobre o critério que levará à seleção desses municípios.
A iniciativa foi anunciada ontem em reunião do ministro José Graziano da Silva com cerca de 200 empresários na sede da Fiesp.
O encontro também serviu para que, em sucessivos pronunciamentos, os empresários dessem apoio e demonstrassem a disposição de cooperar com o Fome Zero, escolhido como emblemático entre os programas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O IFC também anunciou o lançamento no Brasil do "Relatório Criação de Valor", no qual, em 60 países, a entidade coordena 240 projetos -19 deles no Brasil- em que empresas financiam programas comunitários. É o caso, na Amazônia, da exportação de fibras vegetais para o acabamento interno de automóveis.
A iniciativa tem o apoio da Fiesp, da Bovespa, da entidade empresarial britânica Sustain Ability e do Instituto Ethos.
O ministro Graziano em pouco inovou ao discorrer sobre o Fome Zero. Disse que o programa ainda não está "formatado". A partir das duas experiências em municípios do Piauí, deve partir para 200 municípios "dentro de dois ou três meses" e tomar forma apenas em agosto, com o Plano Plurianual do governo.
Mencionou, entre as doações que recebeu ou receberá de agências da ONU, US$ 100 mil da Unesco, para a alfabetização no Piauí, e US$ 1 milhão que a FAO anunciará no próximo dia 14, para o financiamento de três projetos do programa. (JBN)


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