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Governo quer mapear carências
dos 1.000 municípios mais pobres
DA REPORTAGEM LOCAL
O programa Fome Zero poderá
contar, dentro de quatro meses,
com um mapeamento das carências materiais nos cerca de 1.000
municípios mais pobres.
A pesquisa será feita pelo IFC
(International Finance Corporation), entidade ligada ao Banco
Mundial e que estimula a participação do setor privado em projetos sociais de países em desenvolvimento. Não há ainda uma definição sobre o critério que levará à
seleção desses municípios.
A iniciativa foi anunciada ontem em reunião do ministro José
Graziano da Silva com cerca de
200 empresários na sede da Fiesp.
O encontro também serviu para
que, em sucessivos pronunciamentos, os empresários dessem
apoio e demonstrassem a disposição de cooperar com o Fome Zero, escolhido como emblemático
entre os programas do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
O IFC também anunciou o lançamento no Brasil do "Relatório
Criação de Valor", no qual, em 60
países, a entidade coordena 240
projetos -19 deles no Brasil-
em que empresas financiam programas comunitários. É o caso, na
Amazônia, da exportação de fibras vegetais para o acabamento
interno de automóveis.
A iniciativa tem o apoio da
Fiesp, da Bovespa, da entidade
empresarial britânica Sustain
Ability e do Instituto Ethos.
O ministro Graziano em pouco
inovou ao discorrer sobre o Fome
Zero. Disse que o programa ainda
não está "formatado". A partir
das duas experiências em municípios do Piauí, deve partir para 200
municípios "dentro de dois ou
três meses" e tomar forma apenas
em agosto, com o Plano Plurianual do governo.
Mencionou, entre as doações
que recebeu ou receberá de agências da ONU, US$ 100 mil da
Unesco, para a alfabetização no
Piauí, e US$ 1 milhão que a FAO
anunciará no próximo dia 14, para o financiamento de três projetos do programa.
(JBN)
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