DO "AGORA SÃO PAULO"

"Acho que meu avô está lá com ela, com a minha tia. E está feliz." Foi assim que Silvia, 11, resumiu seus sentimentos após o enterro do governador.
A tia a que ela se refere é uma das filhas de Mário Covas, também chamada Silvia, que morreu em um acidente de moto, em 1976. A menina recebeu o nome em homenagem à tia.
Silvia está na 6ª série e não sabe o que vai fazer quando crescer. Gosta de bichos e de dançar, faz pólo aquático e natação.
Ela afirma que ficou muito triste com a morte do avô, mas conformada. "Foi até melhor. Ele não ia aguentar muito tempo", diz. Foi o pai, Mário Covas Neto, o Zuzinha, quem deu a notícia, na manhã de terça.
Silvia visitou Covas poucas vezes no hospital, mas nos últimos anos se aproximou muito do avô. Passou a visitá-lo pelo menos uma vez por semana, após a aula. "Ele brincava que eu era a neta preferida dele, mas não vale, porque eu sou a única."
Segundo Silvia, Lila guardou os jornais que tinham na capa de ontem a foto das duas chorando ao lado do caixão. "O momento foi muito triste. A gente não teve liberdade nessa hora."
Silvia conta que quase não conseguiu acompanhar o enterro por causa da quantidade de pessoas na cerimônia. "Algumas chegaram a me empurrar."
Por outro lado, a menina afirma ter se emocionado com as homenagens da população durante o trajeto do Palácio dos Bandeirantes até Santos.
Ela diz que gostou muito de ver a avó também emocionada. "Ela ficou feliz e dizia que era para as pessoas aplaudirem mesmo, porque meu avô merecia." (MARIANA CARVALHO)



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