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FIM DE CASAMENTO
Membro do partido desde setembro, Agílio Monteiro Filho está inscrito por Belo Horizonte e cogita se candidatar a deputado federal
Diretor da PF é filiado ao PSDB desde 2001
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Agílio Monteiro Filho, é filiado ao PSDB desde 25 de
setembro de 2001. A PF foi o órgão executor da operação de busca e apreensão, determinada pela
Justiça, numa empresa da governadora Roseana Sarney, pré-candidata do PFL à Presidência.
Certidão emitida ontem pela
Justiça Eleitoral confirma oficialmente que Agílio é inscrito na 32ª
Zona Eleitoral de Belo Horizonte,
sob o nº 55441000299, seção 025ª,
e está quite como eleitor. No final,
acrescenta uma observação: "É filiado ao PSDB desde 25/9/2001".
Conforme a Folha apurou, Agílio cogita se candidatar a uma vaga de deputado federal pelo
PSDB-MG nas eleições. E foi indicado para a direção geral da PF
pelo ministro Pimenta da Veiga
(Comunicações), virtual coordenador da campanha do candidato
tucano à Presidência, José Serra.
Além disso, a PF é subordinada
ao ministro da Justiça, Aloysio
Nunes Ferreira, que também é do
PSDB e muito próximo a Serra. O
PFL acusa o governo de ter orquestrado a operação de busca e
apreensão na empresa de Roseana por motivos eleitorais.
Quem assina a certidão, que leva o carimbo da 32ª Zona Eleitoral
de Belo Horizonte, é o diretor do
cartório da mesma ZE, José dos
Santos Resende. Ele diz no texto
que a certidão é "para fins de prova de quitação eleitoral". Apesar
da cautela formal do diretor, o documento certamente terá uso e
efeito político, tanto que foi entregue para Roseana ontem, em Brasília, por dirigentes do PFL.
Roseana e o partido dizem que o
PSDB e seu candidato, José Serra,
estão por trás da operação policial
que apreendeu cerca de R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo e uma série
de documentos da empresa Lunus, em São Luís do Maranhão.
Tal empresa é de Roseana e de
seu marido, Jorge Murad, gerente
de Planejamento do governo do
Estado, o que levou Roseana a
acusar o presidente FHC e seu governo de "um ato de violência política". O resultado foi o rompimento do PFL com o governo.
Outro lado
A Folha tentou ouvir ontem o
delegado Agílio, que é diretor da
PF desde junho de 1999, mas sua
assessoria informou que ele tinha
viajado para o Espírito Santo. Até
o fechamento desta edição, não
houve retorno da ligação. Quanto
à sua candidatura a deputado, a
assessoria diz que "há rumores".
(ELIANE CANTANHÊDE)
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