São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2006

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Governo reduziu desmatamento da Amazônia em 30%

CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA

Causa estranheza o protesto do Greenpeace em Londres contra a política ambiental do governo Lula. O braço brasileiro da organização ambientalista sempre apoiou a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), e esteve envolvido nas discussões que conduziram Lula a seus maiores trunfos na questão da Amazônia: a aprovação da Lei de Gestão de Florestas Públicas e a criação de unidades de conservação no Pará.
O coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, afirma que "não há nada dissonante" entre a atitude doméstica e a internacional do grupo. "O que há é uma constatação de que, durante o governo Lula, o desmatamento foi de 70 mil quilômetros quadrados. O que o Greenpeace fez foi lembrar isso."
Apesar de ter conseguido reduzir em 30,5% a taxa de desmatamento na floresta no biênio 2004-2005, o governo petista assistiu, no período anterior, ao segundo maior pico nessa taxa desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais começou a monitorá-la, em 1988. Em 2003-2004, 27,2 mil quilômetros quadrados de floresta viraram cinza.
Em 2005, o governo reagiu: operações do Exército e da Polícia Federal desmontaram esquemas de grilagem e quadrilhas de roubo de madeira que tinham participação de funcionários públicos. Interditou-se uma área ao longo da rodovia Cuiabá-Santarém para estudar a criação, ali, de unidades de conservação (UCs). Neste ano elas vieram: foram criados 15 milhões de hectares em UCs.


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