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Convenção definirá base de apoio de FHC
SILVANA DE FREITAS
da Sucursal de Brasília
A decisão do PMDB sobre o lançamento ou não de candidato próprio à Presidência da República
permitirá ao presidente Fernando
Henrique Cardoso saber antecipadamente se terá o apoio do partido
que tem a maior estrutura no país.
O resultado das eleições municipais de 1996, que serve de parâmetro sobre o potencial de votos dos
partidos neste ano, mostra o
PMDB como recordista em número de prefeitos eleitos: 1.295.
Se FHC conseguir convencer o
partido a desistir da candidatura
própria, passará a contar em tese
com 3.532 cabos eleitorais superqualificados: os prefeitos eleitos
pelo PMDB e os três partidos da
coligação que o elegeu em 1994
(PSDB, PFL e PTB).
Esse número corresponde a
64,1% do total de municípios existentes no país e é 4,7 vezes maior
que o de 743 prefeitos eleitos em
1996 por cinco partidos da oposição -PDT, PT, PSB, PPS e PV.
A Folha fez esses cálculos sem
considerar eventuais mudanças de
legendas após outubro de 1996.
O prefeito representa uma espécie de cabo eleitoral qualificado,
porque costuma reunir um poder
de âmbito local, que inclui vereadores, deputados estaduais e líderes comunitários.
Mantido o apoio apenas da coligação que elegeu FHC em 1994
(PSDB, PFL e PTB), o presidente
terá em tese o apoio de 2.237 prefeitos, correspondentes a 40,6%
do total de cidades do país.
Embora não estejam concorrendo nestas eleições, os prefeitos poderão pedir votos a candidatos
que apóiam, mas a legislação eleitoral proíbe o uso da máquina em
qualquer nível da administração.
O controle sobre o uso da máquina das prefeituras dependerá
de denúncias dos adversários políticos locais, segundo informou à
Folha um ministro do TSE.
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