São Paulo, sábado, 08 de abril de 2000


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Acusados entregam defesas a Garotinho

da Sucursal do Rio

de Buenos Aires

Os acusados de corrupção, tráfico de influência e outras irregularidades no primeiro e segundo escalão do governo do Rio entregaram ontem à tarde suas explicações para os casos.
O governador Anthony Garotinho, que estava na Argentina, entretanto, só receberá o material hoje. Na segunda, ele deve entregar os relatórios ao Ministério Público para investigação.
"Se alguém tiver errado, além de demitido, vai responder pelo erro que cometeu. Se não errou e foi vítima de sucessivas calúnias, o próprio Ministério Público vai processar as revistas e os jornais por crime contra a honra dessas pessoas", afirmou.
Segundo a assessoria do governador, todos os citados em matérias publicadas pela imprensa por irregularidades deixaram as explicações no gabinete de Garotinho. "Eu refuto tudo", afirmou o presidente da Cehab (Companhia Estadual de Habitação), Eduardo Cunha, que se recusou a adiantar o conteúdo de sua defesa.
Ex-presidente da Telerj durante o governo Fernando Collor, Cunha é acusado de favorecimento à empreiteira Grande Piso na construção de 10 mil casas populares.
Entre os outros envolvidos estão três secretários de Estado, Hugo Leal (Administração), Antônio Oliboni (Justiça) e Jonas Lopes (chefe de Gabinete Civil).
Oliboni e Leal são acusados de manter ligações com o escritório Oliboni Advogados e Consultores, que defendeu empresas em ações contra o Estado. Ambos foram sócios do escritório, que hoje é dirigido pela mulher de Oliboni -sobrinha de Lopes.
Além disso, Oliboni prorrogou duas vezes em regime de emergência, sem licitação, o fornecimento pela Brasal de quentinhas para todos os presídios e delegacias do Estado. Oliboni, que foi advogado da Brasal em 1997, esperou quase dez meses para preparar o edital de licitação.
Garotinho declarou que sabe que serão lançados, a cada fim-de-semana, dossiês contendo acusações contra o seu governo, com o objetivo de minar sua popularidade. Ele reiterou que pretende concorrer à Presidência.


Colaborou a Agência Folha

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