DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Reunida ontem, a cúpula da Câmara decidiu manter as regras que abrem brecha para o uso abusivo de passagens aéreas e, ao mesmo tempo, aprovar novos gastos com reformas. A Casa pretende investir mais R$ 76 milhões em obras para fazer a divisão de apartamentos funcionais de quatro quartos em imóveis menores.
Outros nove edifícios já passam por reformas. O custo total, segundo a coordenadoria de habitação, está estimado em R$ 150 milhões. A intenção é que todos os 513 deputados tenham local para morar em Brasília. Hoje a Câmara tem 432 apartamentos em bairros nobres.
Os deputados que não moram nos imóveis recebem R$ 3.000 por mês de auxílio-moradia. Segundo Nelson Marquezelli (PTB-SP), quarto-secretário, isso deve acabar nos próximos anos e resultará numa economia de cerca de R$ 13 milhões ao ano.
Sobre as passagens, a única decisão tomada foi a de restringir a um funcionário por gabinete a emissão dos bilhetes. O ato que abre margem para o uso por várias pessoas ligadas a senadores ficou intacto.
A Câmara também recuou das restrições com a verba indenizatória. Os congressistas estão livres para usá-la com alimentação em seus Estados.


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