São Paulo, quarta, 8 de abril de 1998

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Painel

Operação guilhotina

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), está conversando com cada um dos líderes partidários para articular a cassação do mandato do deputado Sérgio Naya. A votação deve ocorrer na próxima quarta.



Pelo menos um

Temer argumenta junto aos líderes que a cassação de Naya é fundamental para a imagem da Câmara, especialmente em um ano eleitoral. Mesmo porque há temor de que os outros pedidos de cassação não passem.


Descompasso
Na posse dos cinco novos ministros, ontem, no Planalto, FHC cobrou de ACM (PFL) a aprovação das reformas. "Não depende de mim, presidente, depende do senhor", respondeu o presidente do Congresso.


Tarefa difícil

Brizola e Lula devem juntos ir à Bahia após a Páscoa tentar viabilizar uma candidatura única das oposições contra Luís Eduardo Magalhães, candidato do PFL ao governo estadual.

Prêmio de consolação

O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) está cotado para ser o relator da Comissão de Orçamento. O líder do PMDB no Senado, Jader Barbalho, quer compensar o fato de ele não ter sido escolhido para a Justiça.


Apoio retirado

De olho nos votos da Paraíba na convenção do PMDB em junho, FHC ligou para o governador José Maranhão para saber do conflito local com Ronaldo Cunha Lima. Ouviu que poderia detonar Catão (Políticas Regionais), cunhado de Cunha Lima.


Sequelas da reforma
Arlindo Porto diz publicamente que não será candidato ao governo de Minas. Mas petebistas afirmam que o ex-ministro da Agricultura, magoado com FHC, pode disputar para atrapalhar Eduardo Azeredo (PSDB).


Mudança de guarda
O ministro aposentado do TCU Paulo Affonso de Oliveira será o secretário-executivo de Renan Calheiros na Justiça.


Sondagem entre poderes

ACM perguntou à cúpula do STF ontem quando o tribunal dará a decisão final sobre a ação dos servidores da Assembléia do Rio que contestam a redução de altos salários e a limitação do teto em R$ 9,6 mil. Será em breve.


Efeito cascata

A decisão do STF sobre a redução de salários dos marajás do Legislativo fluminense servirá como jurisprudência para a União e outros Estados, caso queiram aplicar redutores.


Aliado federal

Amin (PPB) disse a ACM que gostaria de levar o presidente da Assembléia fluminense, Sérgio Cabral Filho (PSDB), ao Congresso para falar de sua decisão de reduzir salários de funcionários -há casos de até R$ 37 mil. O senador apóia a medida.


Final de novela

Entrou areia na ida de Benedito Ruy Barbosa para a campanha de Marta Suplicy (PT-SP) ao governo. Com a morte de Paulo Ubiratan, diretor de criação da Globo, a empresa teria pedido ao novelista dedicação integral.


Cheiro de fumaça

Escudeiro de Itamar, José Aparecido se reuniu com Quércia ontem em São Paulo. Veio mostrar uma pesquisa que coloca o ex-presidente na liderança para o governo mineiro. Newton Cardoso (PMDB) não vai gostar.


Guerra aberta
O diretor do Denatran, José Roberto Dias, convocou para ontem uma reunião dos Detrans, em Brasília, para tratar da regulamentação do Código de Trânsito. Foi ostensivamente boicotado. Ninguém apareceu.


Pedindo um empurrão!!!!
O candidato da oposição ao governo paraguaio, Domingo Laíno, conversa hoje com FHC. Laíno conta com a simpatia de setores do PSDB e do PFL.


Visita à Folha

O ministro da Cultura, Francisco Weffort, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do secretário de Apoio à Cultura, José Álvaro Moisés, da delegada do ministério em São Paulo, Valeria Zorgno Vorlander, e da assessora-chefe de Comunicação Social, Angela Coronel.

TIROTEIO

Do pefelista Antonio Cabrera, sobre a fritura malufista para bombardear sua candidatura ao Senado na aliança entre PPB e PFL em São Paulo:
- Não há acordo. Se preciso, vou bater chapa na convenção.

CONTRAPONTO
Confusão oriental
São Manuel, em São Paulo, foi sede em 1986 dos Jogos Regionais do interior. A cidade, de quase 40 mil habitantes, se mobilizou inteira para o evento que recebeu cerca de 600 atletas.
Alguns dias antes das provas de judô, os organizadores perceberam que a cidade não dispunha de nenhum tatame que pudesse ser usado na competição.
O então prefeito e atual deputado estadual, Milton Monti (PMDB), recorreu a Botucatu, município vizinho.
Na véspera da prova, ele chamou o encarregado de serviços gerais da prefeitura, Lázaro Gonçalves, e pediu:
- Vá a Botucatu e pegue o tatame para o judô.
Gonçalves respondeu:
- O tatame?! Vou buscá-lo com a picape da prefeitura.
- Na picape não cabe. Pegue o caminhão - disse o prefeito.
- Caminhão?! Mas qual é o tamanho desse japonês?! - espantou-se Gonçalves, achando que tatame fosse um lutador.



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